O Ministério da Saúde avalia incorporar as vacinas contra a Covid-19 no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Cabe mencionar que a informação foi confirmada pelo diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, durante evento da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
De acordo com a pasta, a medida será discutida com os estados e municípios.
“Vacinar toda a população, como a gente vem fazendo, precisa ser revisado nesse momento de transição em que nos encontramos. Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, o anúncio disso ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite [governo federal, estados e municípios]”, conta Gatti.
A saber, no calendário, haverá prioridade para o público que corre mais risco de apresentar as formas graves da doença. Em resumo, é o caso das crianças entre 6 meses e cinco anos de idade, pessoas acima de 60 anos, imunocomprometidos, trabalhadores de saúde, gestantes e puérperas.
“Outros grupos poderão ser incluídos, a partir da avaliação e análise da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (Ctai)”, informou, em nota.
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Vacina contra Covid-19
Gatti afirmou que a pasta tem observado as recomendações internacionais, principalmente da Organização Mundial da Saúde (OMS), e de especialistas de sociedades médicas.
“A vacinação contra a Covid-19 ainda é considerada campanha. Não teve um processo de incorporação no calendário oficialmente. A gente está em outro cenário epidemiológico, este ano é de transição, e precisa pensar em ter uma estratégia mais definitiva e alinhada com uma rotina”, explicou.
Sendo assim, segundo ele, a meta é de que seja possível anunciar a inclusão no calendário de 2024.
O diretor disse que os municípios trabalham há praticamente três anos em uma campanha de vacinação contra a Covid. No entanto, a mudança no cenário epidemiológico da doença requer a incorporação dessa vacina no calendário do programa.
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Elevação no número de casos
O aumento de casos decorrente da queda da cobertura vacinal com as doses mais atualizadas, caso do imunizante bivalente, e o índice baixo de testagem são preocupações dos especialistas, pois o vírus continua em circulação e pode afetar populações com a saúde mais frágil.
Desse modo, a vacinação é a forma mais eficaz de evitar que a infecção de Covid-19 evolua para quadros que necessitam de hospitalização ou para a morte do paciente.
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