A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou na sexta-feira (14) que o uso de cheques no Brasil continua em forte queda. A saber, 218,9 milhões de cheques foram compensados em 2021. Isso representa uma forte queda de 23,7% na comparação com 2020.
Aliás, a Febraban também revelou que o uso de cheques como forma de pagamento despencou 93,4% em relação a 1995. À época, o país contabilizou 3,3 bilhões de cheques compensado. O levantamento da Febraban se baseou em dados do Serviço de Compensação de Cheques.
Vale destacar que, em 2021, o PIX teve o seu primeiro ano de operação plena no país. A modalidade, em funcionamento no Brasil desde novembro de 2020, conseguiu conquistar a aprovação da maioria dos brasileiros.
A propósito, houve 7 bilhões de transações realizadas através do PIX no ano passado. Ao todo, estas operações tiveram um volume financeiro de R$ 4 trilhões. Em resumo, as facilidades de pagamentos e transferências financeiras, aliadas à rapidez das transações, agrada a população do país.
Volume financeiro movimentado por cheques recua 67,4%
De acordo com a Febraban, o número de transações com cheques teve forte queda em 2021, na comparação com 1995. No entanto, o volume transacionado caiu bem menos, indicando que as operações seguem movimentando muito mais dinheiro que antigamente.
Em suma, as compensações por cheque totalizaram R$ 2 trilhões em 1995. No entanto, o valor ficou em R$ 667 bilhões no ano passado. Isso representa uma queda de 67,4%, que é bem expressiva, mas bem menor que o tombo de 93,4% do número de transações no período.
Na comparação com 2020, esse dado fica ainda mais evidente. Enquanto o número de transações com cheque despencou quase 24%, a redução do volume financeiro foi de apenas 0,22%.
“O cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais, que atualmente são responsáveis por 67% de todas as transações feitas no país”, explicou em nota o diretor adjunto de serviços da Febraban, Walter Faria.
Desde 1995, o número de cheques compensados caiu em todos os anos, com exceção de 2000. À época, o número de transações chegou a 2,64 trilhões, superando as 2,60 trilhões de movimentações em 1999.
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