A partir deste mês, entrou em vigor uma nova regra de proteção do Bolsa Família. Ela vai resultar na redução do benefício pela metade para algumas famílias. Essa mudança se aplica às famílias que obtiverem emprego e com isso tiveram um aumento de renda.
Assim, é importante compreender os critérios que determinam quem pode ter o benefício reduzido. De acordo com a nova regra, as famílias têm o direito de permanecer no Bolsa Família por até dois anos, desde que cada membro receba um valor correspondente a até meio salário mínimo (atualmente R$ 660). Caso os integrantes da família ultrapassem esse limite de renda, o valor do benefício mensal será reduzido em 50%.
Essa medida visa garantir que as famílias em situação de vulnerabilidade possam ser assistidas pelo programa enquanto se reestruturam financeiramente. O objetivo é promover uma transição gradual para que as famílias consigam se sustentar de forma independente, com base no aumento de renda obtido.
É importante ressaltar que as regras e critérios do Bolsa Família podem variar e é necessário verificar as informações atualizadas junto aos órgãos responsáveis, como a Caixa Econômica Federal, responsável pelo programa.
Bolsa Família reduzido: Por que isso vai acontecer?
No mês de junho, um total de 738.700 famílias estão enquadradas na regra de proteção do Bolsa Família. De acordo com informações divulgadas pelo governo federal, essas famílias recebem em média um valor de R$ 380,32 como benefício. A distribuição geográfica das famílias na regra de proteção mostra que a maior parte delas está localizada na região Sudeste, com um total de 252.700 famílias. Em seguida, temos a região Nordeste, com 227.000 famílias. Nas demais regiões, encontramos 95.000 famílias no Sul, 82.600 famílias no Norte e 81.200 famílias no Centro-Oeste. Esses números evidenciam a abrangência e importância do programa Bolsa Família em diferentes partes do país, fornecendo apoio financeiro para famílias em situação de vulnerabilidade.
Assim, a regra de proteção do Bolsa Família tem como objetivo principal proporcionar maior estabilidade financeira às famílias beneficiárias ao mesmo tempo em que busca estimular o ingresso no mercado de trabalho e o empreendedorismo. A intenção do governo é incentivar a busca por emprego. Junto com isso, o desenvolvimento de atividades empreendedoras, permitindo que as famílias tenham a oportunidade de aumentar sua renda e conquistar uma maior autonomia financeira.
A regra de proteção visa, assim, promover a progressão econômica das famílias atendidas pelo programa. Isso acaba incentivando a superação da situação de vulnerabilidade e a construção de um futuro mais estável e próspero.
Leia também: Lula aumentou o valor do Mínimo Existencial! Entenda o que muda
Como recuperar o valor total do Bolsa Família?
Caso a família tenha perdido a renda após o período de dois anos ou tenha solicitado a saída do programa, é possível retomar o recebimento do benefício integral. Para isso, o responsável familiar deve procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo. Lá, ele deve realizar a atualização das informações de renda e formalizar o pedido de retorno ao Bolsa Família.
Assim, o CRAS irá orientar e fornecer as instruções necessárias para que a família possa reiniciar o recebimento do benefício de acordo com as regras estabelecidas. É importante ressaltar que a atualização das informações e a solicitação de retorno ao programa devem ser feitas de acordo com os prazos e procedimentos estabelecidos pelo órgão responsável, para garantir a regularização e continuidade dos benefícios.
Leia também: Solicitou o Bolsa Família? Descubra agora se o seu benefício foi liberado
Como se cadastrar no Bolsa Família?
O caminho para se tornar um beneficiário(a) do novo Bolsa Família é o mesmo de praticamente todos os benefícios sociais do governo: através do Cadastro Único. Esse é um cadastro que contém todas as informações pertinentes do cidadão, desde a sua renda familiar, até condições de moradia. Dessa forma, ele é muito útil, por isso, é bom realizar esse cadastro e manter as suas informações sempre atualizadas.
Sendo assim, para começar a receber os valores do Bolsa Família, você precisa estar com o seu Cadastro Único (CadÚnico) feito e atualizado. Além disso, esse cadastro pode ser feito de maneira simples, através do site ou aplicativo. Clique aqui para consultar seu cadastro.
Depois disso, basta você se dirigir até o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) da sua cidade com seus documentos. Além disso, você precisa levar a documentação dos seus familiares, como comprovante de residência e comprovante de renda para cada um deles.
Você não precisa fazer nenhum tipo de agendamento para esse processo. Assim, basta comparecer espontaneamente no CRAS mais próximo de você, e assim, solicitar o seu cadastro no Bolsa Família! Dessa forma, você vai passar por um atendimento com um assistente social, que irá registrar as suas informações.
Depois desse breve procedimento, um número de identificação social (NIS) é gerado para cada membro da família.
É importante ter em mente também que a solicitação pode infelizmente ser recusada. Assim, mesmo que você consiga seu Cadastro Único sem muitos problemas, ele não é uma garantia de que você receberá o Bolsa Família. Isso serve também para os demais programas e benefícios sociais do governo.
Condições para ser um beneficiário
As famílias que desejam receber o novo Bolsa Família também deverão preencher alguns requisitos. Assim, em outras palavras, essas pessoas têm algumas responsabilidades que devem ser cumpridas. São elas:
- Carteira de vacinação atualizada para crianças de até sete anos de idade;
- Cidadãos em idade escolar com atestado de frequência de até 75%;
- Gestantes e lactantes fazendo acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dessa forma, esses requisitos visam a melhoria da qualidade de vida da população no geral. Da mesma maneira, eles também promovem a saúde e educação, ao exigir o acompanhamento médico para as gestantes. Além disso, contribuem para que as crianças e jovens permaneçam nas escolas, reduzindo assim os índices de evasão escolar.
Leia também: ALERTA GERAL do BPC: Veja o que fazer para não perder o benefício