Não existe nenhuma previsão para a retomada da operação do empréstimo consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pela Caixa Econômica Federal. Ao menos foi esse o posicionamento nesta semana da presidente do banco, Maria Rita Serrano.
A saber, em entrevista a jornalistas, ela disse que a instituição foi pega de surpresa e que aguarda uma nova definição do governo e de outros bancos para voltar a conceder o crédito para os aposentados e pensionistas.
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Caixa não foi o único banco a suspender a modalidade
Cabe destacar que não foi uma decisão isolada da Caixa Econômica. Afinal, vários bancos e instituições financeiras também suspenderam essa linha de crédito depois que o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) optou pela redução das taxas máximas de juros dessa modalidade de 2,14% para 1,70%, há 10 dias.
“Nós suspendemos o consignado do INSS porque nós nem sabíamos com antecedência que essa medida de baixar taxa de juros seria tomada. A Caixa não pode fazer uma operação que dê prejuízo, têm normas do Banco Central que impedem esse tipo de operação”, declarou Maria Rita Serrano.
Ainda mais, de acordo com a presidente, se decidisse manter a operação, a instituição também não iria suportar o volume de pessoas interessadas, principalmente depois que os outros bancos também interromperam a concessão do empréstimo.
A saber, atualmente, a Caixa possui 8% do mercado de consignado do INSS, de acordo com ela.
“Nós informamos o Ministério da Fazenda sobre a dificuldade. Estão sendo feitas tratativas dentro do governo, com vários ministérios e com os bancos, pra tentar resolver essa questão o mais breve possível. Mas ainda não há uma definição final em relação a isso”, informou.
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Redução de juros e resposta dos bancos
Para quem não acompanhou, vale lembrar que a decisão do CNPS levou o teto dos juros de 2,14% ao mês para 1,70% no caso do empréstimo consignado convencional.
Já o teto dos juros nas operações com cartão de crédito consignado passou de 3,06% para 2,62%.
Com isso, os bancos, entre eles a Caixa Econômica, Banco de Brasil e Itaú Unibanco, suspenderam os empréstimos e afirmaram, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que não tinham condições de pagar os custos de captação de clientes com as novas taxas.
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