O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal neste domingo (08) no Distrito Federal. A ordem ocorre após apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Assim como publicou o Brasil123, apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram prédios dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Este movimento ocorre há semanas, mas foi intensificado neste domingo depois que cerca de cem ônibus chegaram na capital brasileira.
Mesmo com indícios de que apoiadores de Bolsonaro iriam engrossar os protestos, a Polícia Militar do Distrito Federal manteve poucos homens na Esplanada dos Ministérios e, por conta disso, não conseguiu frear os manifestantes. Durante o anúncio, Lula, que se encontra em Araraquara, no interior de São Paulo, acompanhando os estragos que a chuva fez no local, afirmou que o governo descobrirá quem foram os financiadores desses protestos.
“Vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos eles pagarão com a força da lei”, disse Lula em um pronunciamento à imprensa ao comentar sobre os atos na capital brasileira. Segundo o presidente, a intervenção federal será comandada por Ricardo Garcia Cappelli, que é secretário-executivo do Ministério da Justiça Flávio Dino.
O decreto de Lula
Abaixo você confere o decreto assinado por Lula neste domingo. Confira:
Arthur Lira recomenda reunião entre os Poderes
Durante o momento em que Lula falava sobre a intervenção, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), foi ao Twitter dizer que está “à disposição” dos chefes dos Poderes para uma reunião. Além disso, o chefe da Casa, que apoiou Bolsonaro nas eleições, mas logo reconheceu a vitória de Lula nas urnas, disse que o intuito da reunião seria deixar “absolutamente inquestionável” que as instituições estão “mais unidas do que nunca”. “Neste encontro, claro, poderemos discutir, na mais absoluta amplitude possível, todas as medidas necessárias para fortalecer nossas instituições”, publicou Arthur Lira.
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