A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito.
A saber, a entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo, de um lado, e, de outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras.
Sendo assim, reforça que nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia.
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Cartão de crédito
“Defendemos que o cartão de crédito deve ser mantido como relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias. Isso porque estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros”, detalhou em nota a Federação.
Além disso, os estudos da Febraban mostram que o prazo de financiamento impacta diretamente no custo de capital e no risco de crédito, e a inadimplência das compras parceladas em longo prazo é bem maior do que na modalidade à vista, cerca de 2 vezes na média da carteira e 3 vezes para o público de baixa renda.
Diante desse cenário, a Febraban assegura que continuará perseguindo uma solução construtiva que passe por uma transição gradual, para que se alcance a convergência que, ao mesmo tempo, beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto para os elos que atuam na indústria do cartão de crédito, como bandeiras, bancos emissores, adquirentes (maquininhas), lojistas e consumidores.
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Ministro Haddad
Como veiculado aqui no Brasil 123 mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou o seu posicionamento em relação ao parcelamento sem juros do cartão de crédito.
Em resumo, para ele, a solução para o rotativo do cartão de crédito não pode prejudicar o consumidor nem o comércio.
“O parcelado sem juros responde hoje por mais de 70% das compras feitas no comércio. Temos que ter muito cuidado para não afetar as compras do comércio e não gerar um outro problema para resolver o primeiro”, afirmou Haddad no início da noite desta segunda-feira (14).
“Nós herdamos uma taxa de juros absurda do rotativo e vamos ter que equacionar [essa questão], mas [a solução] não passa por prejudicar o consumidor que está pagando as contas em dia”, completou.
Com informações da Federação Brasileira de Bancos
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