Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (10) a prisão de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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De acordo com informações do portal “G1”, na tarde desta terça, viaturas da Polícia Federal (PF) foram vistas em frente à casa de Torres, em Brasília. Ele assumiu Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal depois de ter deixado o comando do Ministério da Justiça.
Anderson Torres era o responsável pela secretaria quando apoiadores radicais de Bolsonaro, assim como publicou o Brasil123, invadiram e depredaram os prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto neste domingo (8).
Anderson Torres deixou o cargo de secretário no domingo, logo após os atos de terrorismo. Ele foi exonerado por Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal que, na madrugada de segunda-feira (09), foi afastado do cargo por Alexandre de Moraes.
O pedido de prisão de Anderson Torres foi ao encontro do que solicitou a Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o órgão, o ex-ministro teria se omitido ao não tentar reprimir os ataques contra os Poderes – o secretário está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro.
No domingo, logo após os fatos, Anderson Torres usou seu Twitter para negar que tenha sido conivente com os atos de terrorismo registrados na capital brasileira. Na ocasião, ele ainda classificou o acontecimento como uma “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu ele.
Além da ordem contra Anderson Torres, Alexandre de Moraes também ordenou a prisão de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, o responsável pela corporação no domingo durante os ataques aos três Poderes.
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