Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, afirmou nesta terça-feria (13) que a legenda está disposta a colaborar com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todavia, de acordo com ele, isso não significa que a agremiação vai dizer “amém” para todos os projetos.
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Quando Lula assumiu seu terceiro mandado como presidente da República, o União Brasil anunciou que seria neutro, isto é, não iria apoiar e nem ser oposição ao governo, cabendo aos parlamentares da legenda optarem ou não em apoiar a administração federação. Hoje, o partido está no centro da busca do governo por mais votos na Câmara.
O partido comanda três ministérios, mas, como é neutro, não tem apoiado o Planalto de forma coesa em votações. Assim como publicou o Brasil123, nos últimos dias, líderes do partido vêm pedindo a troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil). O partido entende que ela é escolha da cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não representa a bancada.
Em entrevista ao canal “Globo News” nesta terça-feira, Elmar Nascimento relatou que será preciso haver um diálogo com o governo federal. “A nossa expectativa é de colaborar, mas não significa dizer amém para todos os projetos. Tudo tem que ser na base do diálogo, como fizemos com o arcabouço fiscal”, disse o parlamentar.
Ainda na entrevista, o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados comentou sobre o impasse em torno da ministra Daniela Carneiro. Mais cedo, ela esteve em uma reunião com o presidente Lula e ganhou uma sobrevida no governo. todavia, a expectativa é que a troca seja de fato concretizada na quinta-feira (15), após a realização de uma reunião ministerial.
Na entrevista, Elmar Nascimento lembrou que o marido de Daniela, o prefeito Waguinho, de Belford Roxo, recentemente saiu do União Brasil e foi para o Republicanos. Este é o mesmo caminho que Daniela, que assim como o marido, apoiou Lula no segundo turno das eleições do ano passado, quer fazer.
“Tenho carinho pela Daniela, mas é um fato que ela pediu desfiliação do partido. Fica confuso ela representar o nosso partido no 1º escalão saindo do partido. Pode ser da cota pessoal do Lula, do partido, não”, afirmou ele ao defender a saída da parlamentar do comando da pasta.
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