A Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, pode fechar ainda no segundo semestre de 2021 devido a falta de verbas. O orçamento da universidade, a primeira que surgiu no Brasil, vem sendo diminuído desde o ano de 2012.
No ano de 2018, com a eleição do novo governo, houve um novo corte ainda mais radical e não foi somente para a UFRJ e sim, para quase todas as instituições públicas de ensino. Um exemplo é o IFC, Instituto Federal Catarinense, que também teve que cortar a compra de materiais para laboratório e sala de aula.
Os cortes da universidade já somaram mais de R$ 470 milhões no decorrer dos últimos anos. Esse valor impacta de forma negativa na qualidade de ensino e no bem estar dos alunos no ambiente. O momento é de insegurança e alguns analistas falam sobre uma possível privatização de instituições públicas após a precariedade.
Observe, abaixo, quais foram os orçamentos para a UFRJ no decorrer de 2012 até o ano de 2021:
- 2012– R$ 773 milhões
- 2013– R$ 735 milhões
- 2014– R$ 611 milhões
- 2015– R$ 606 milhões
- 2016– R$ 541 milhões
- 2017– R$ 487 milhões
- 2018– R$ 430 milhões
- 2019– R$ 389 milhões
- 2020– R$ 306 milhões
- 2021– R$ 299 milhões
Alertas sobre a UFRJ
O que causa alerta é que, apesar da diminuição dos valores, não houve a diminuição na quantidade de alunos. Na realidade, aumentou o número de estudantes na instituição e as vagas oferecidas para ingressar. A última ingressão ocorreu através do SISU, que é possibilitado para os estudantes que realizaram a prova do ENEM em janeiro de 2021 ou em anos anteriores.
Para participar do SISU, é necessário que o aluno alcance uma nota mínima e não zerar a redação.
Para 2021, o orçamento é de R$ 299 milhões. No entanto, apenas R$ 146,9 milhões foram aprovados e o restante está bloqueado. Do valor aprovado, cerca de R$ 65,2 milhões já foram recebidos pela Instituição.
Alunos de cursos menores, estão com receio de que a classe seja cancelada devido a falta de verbas e que comecem a priorizar cursos específicos e de maior “relevância”.
“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes e não pela preservação dessas instituições”, afirmou Denise Pires de Carvalho.