A guerra na Ucrânia completou um mês e, ao contrário do que muitos analistas previram, o país começa a retomar territórios dominados pela Rússia durante os primeiros dias. E isso se refletirá diretamente na economia mundial, já que o conflito tende a se estender ainda mais. Por isso, é importante que você ainda fique de olho nos conflitos no leste europeu para saber como ficarão os seus gastos nos próximos meses.
Isso porque o conflito afetará diretamente os preços das commodities no mercado internacional, o que também se reflete nos produtos brasileiros. Por isso, vamos falar sobre o conflito, como ele impactará a economia do Brasil e como se proteger desse cenário atual.
O conflito na Ucrânia se estende mais que o previsto
Especialistas em relações internacionais são unânimes em afirmar que Putin, presidente da Rússia, não previa uma guerra de mais de duas semanas. Isso porque os russos têm um poder militar muito maior que a Ucrânia, o que levava a crer em uma tomada muito rápida do país. Contudo, no campo de batalha o cenário é outro.
Com isso, a Ucrânia vem tomando territórios que havia perdido anteriormente. Por conta disso, as sanções do ocidente à Rússia permanecerão. Por outro lado, as sanções da Rússia ao ocidente também seguirão de pé, o que afeta diretamente na demanda de petróleo para o mundo. Ainda, os russos são grandes produtores de trigo e Belarus, aliado de Putin, diminuirá a exportação de fertilizantes para o mundo todo. Dessa forma, petróleo e trigo devem se manter em alta, dois produtos que afetam diretamente a vida dos brasileiros.
Com isso, economistas acreditam que, mesmo com a queda do dólar, a economia brasileira deve sofrer de um processo inflacionário. Isso, pelo menos, até a metade do ano, já que o ritmo da inflação do país ainda não caiu. Hoje, o IBGE informou que a inflação de março deve ficar em torno de 0,95%, a maior desde 2015.
Como a economia do Brasil vai reagir à guerra?
A economia brasileira está sofrendo bastante com a guerra, assim como o mundo todo. No país, a população já sente a alta da gasolina e dos alimentos nas prateleiras dos supermercados. Inicialmente, o que seria uma alta momentânea, agora pode ser um processo mais demorado, já que o conflito está durando mais que o previsto.
Por isso, a alta dos preços deve continuar e a gasolina deve se manter em patamares altos. Dessa forma, é hora de diminuir os gastos e rever todos os seus custos mensais, tirando pequenos gastos que, no fim do mês, atrapalham seu orçamento. Ainda, pode ser uma excelente ideia de rever custos maiores, como o seu aluguel, já que, com a gasolina mais cara, o custo do transporte também fica maior.
Nos supermercados, o conflito na Ucrânia também deixará produtos à base de trigo mais caros. Isso se reflete no preço do macarrão e da própria farinha. A alta da commodity chegou a alcançar 50% apenas em 2022.