Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, afirmou nesta terça-feira (22) que países que fazem parte da Europa Ocidental deveriam auxiliar as forças ucranianas intensificando o envio de armas para ajudar na resistência de um iminente ataque russo.
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O pedido aconteceu instantes depois que Vladimir Putin, presidente da Rússia, foi ao parlamento russo e conseguiu a liberação, de forma unânime, para que as tropas que hoje estão no leste ucraniano possam ser usadas.
É exatamente neste perímetro que ficam as Donetsk e Lugansk, duas regiões separatistas anexadas ao território ucraniano que na segunda-feira (21), assim como publicou o Brasil123, o presidente russo reconheceu como independentes.
“Nossas melhores garantias serão nossa diplomacia e armas. Vamos mobilizar o mundo inteiro para termos tudo de que precisamos para fortalecer nossas defesas”, disse Dmytro Kuleba.
Movimentação sem data definida
Apesar de ter conseguido a liberação para o uso das forças em áreas ucranianas, o presidente russo afirmou que a utilização da tropa não será feita “imediatamente”. “Eu não disse que nossas tropas irão para lá imediatamente”, disse o líder da Rússia.
Além desta liberação, Vladimir Putin também teve chancelado um documento que visa defender os separatistas do leste da Ucrânia após o reconhecimento de suas repúblicas. Para o Conselho Europeu, “o reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk”.
Pedido de ajuda vindo da Ucrânia
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, ele enviou uma carta nesta terça-feira “ao secretário britânico das Relações Exteriores, pedindo armas defensivas adicionais para a Ucrânia”.
Ainda conforme ele, o mesmo pedido será feito aos Estado Unidos. De acordo com agências de notícias internacionais, o ministro deverá conversar com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, sobre a possibilidade de uma ajuda armamentista.
No começo do mês, países da Europa e também os Estados Unidos enviaram armas para a Ucrânia, incluindo mísseis antitanque e lançadores que ajudarão em uma possível necessidade de defesa. Outros países, como a Alemanha, optaram por não enviar objetos letais, limitando-se a ajudar com itens como capacetes.
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