O Serviço Especial de Comunicação das Forças Armadas da Ucrânia divulgou neste domingo (06) um novo balanço sobre as mortes de soldados russos desde que as forças militares do país invadiram o território ucraniano.
De acordo com o governo da Ucrânia, em 11 dias desde a ordem de invasão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao menos 11 mil soldados russos foram mortos, ou seja, mil vidas perdidas, em média, todos os dias.
O Serviço Especial não informou as baixas entre os soldados de Kiev, resumindo-se a contar sobre as perdas do lado russo. Nesse sentido, a entidade também revelou que, segundo seus dados, as forças militares da Rússia também perderam:
- 285 tanques;
- 985 blindados;
- 109 sistemas de artilharia;
- 50 lançadores de foguetes;
- 21 equipamentos de defesa aérea;
- 44 aeronaves;
- 447 veículos automotores
- E quatro drones.
Apesar da grande quantidade de mortes, segundo o governo ucraniano, assim como publicou o Brasil123 no sábado (05), o presidente da Rússia tem afirmado que está satisfeito com o trabalho das forças militares da Ucrânia, descartando até ter que chamar civis para colaborarem com o que ele chama de “operação militar especial” em solo ucraniano, diferentemente do governo da Ucrânia, que convocou civis para os confrontos.
Números de mortes superestimados
No meio da semana, Fabiano Mielniczuk, doutor em relações internacionais, comentou em entrevista ao canal “Globo News” que os números divulgados pelas autoridades ucranianas parecem estar superestimados.
Na ocasião, ele comentava sobre o balanço do governo da Ucrânia que, na ocasião, afirmou que sete mil militares russos haviam morrido. Em contrapartida, no mesmo dia, as autoridades da Rússia informaram que tiveram a baixa de 498 soldados, ou seja, um número muito menor do que o divulgado pelo lado ucraniano.
Segundo Fabiano Mielniczuk, o número de mortes relatadas pela Ucrânia implicaria em um combate bastante extensivo e muito direto de combatentes no solo, o que, de acordo com ele, não é o que se tem visto.
“Por enquanto, os russos estão com uma estratégia de mandar equipes de reconhecimento às cidades para verificar onde estariam os alvos. É nesses combates que está havendo o número de baixas dos russos, na maioria das vezes”, explicou o doutor em relações internacionais.
Leia também: Ucrânia afunda seu maior navio de guerra para evitar que russos o capturem