A Uber fechou o primeiro trimestre de 2021 com um prejuízo líquido de US$ 108 milhões. Apesar do resultado negativo, que pode parecer ruim de todas as perspectivas, o valor ficou muito abaixo das perdas registradas nos três primeiros meses do ano passado.
Em resumo, o primeiro trimestre de 2020 trouxe à Uber um prejuízo 96% maior que o verificado neste ano, chegando a US$ 2,936 bilhões. Isso quer dizer que o saldo negativo em 2021, na verdade, animou os acionistas e interessados na empresa.
Além disso, a receita líquida da Uber teve um avanço de 8% no trimestre, para US$ 3,5 bilhões. Isso aconteceu graças ao impulso dado pelo serviço de delivery. Aliás, o indicador desconsidera o valor de US$ 600 milhões relacionados a reivindicações feitas por motoristas do Reino Unido.
Dessa forma, após reajuste, a Uber encerrou o primeiro trimestre deste ano com uma queda de 11% de sua receita, para US$ 2,9 bilhões. De acordo com a companhia, o impacto foi minimizado por US$ 1,6 bilhão oriundo da venda da empresa de veículos auto-dirigidos ATG.
Outro destaque do balanço trimestral foi a receita de corridas, que atingiu seu recorde histórico. O nível subiu 24% em relação ao primeiro trimestre de 2020 e alcançou US$ 19,5 bilhões. Em contrapartida, as reservas de mobilidade despencaram 38%, para US$ 6,8 bilhões.
Novos segmentos impulsionam resultado da Uber
Ainda segundo a Uber, o segmento de entregas, responsável pelo forte impulso no trimestre, disparou 166%, atingindo US$ 12,5 bilhões. A saber, as entregas dispararam na América Latina (144%) e nos Estados Unidos e Canadá (179% em cada país).
Em suma, a companhia também afirmou que novos segmentos de entrega não-alimentar totalizaram US$ 3 bilhões no trimestre graças à forte alta de 77%. Nesse caso, estão incluídos conveniência e álcool. No entanto, houve uma queda de 5% no número de consumidores ativos, para 98 milhões.
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