Pelo menos 22 pessoas morreram neste sábado (08) no Paquistão enquanto acompanhavam uma tempestade de neve na cidade de Murree. De acordo com as informações da agência “Associated Press”, os turistas foram a óbito por conta de um engarrafamento que se formou no local.
Ainda conforme a agência, dos mortos, dez são crianças. Elas, assim como os adultos, teriam morrido por hipotermia ou “envenenamento” – mais explicações ao longo da matéria. O caso mais emblemático neste desastre é o de um policial, que morreu juntamente com outros sete membros de sua família.
Tempestade rara atraiu os turistas
Ao todo, segundo as informações, foram mais de 100 mil veículos visitando o local para acompanhar a rara tempestade de neve na cidade montanhosa de Murree. Deste total, cerca de mil ficaram presos em uma estação da região.
Por conta das mortes e também da grade quantidade de pessoas que passaram a frequentar o local, o governo do Paquistão precisou decretar estado de calamidade. Após essa decretação, agentes do exército e também das forças paramilitares foram encaminhadas para a região com o objetivo de ajudar nas operações de resgate.
Em um vídeo compartilhado na internet, o ministro do Interior do Paquistão, Sheikh Rashid Ahmed, explicou que estão sendo feitas operações de resgate e as pessoas capturadas estão sendo levadas para alojamento em escolas e prédios administrativos do governo.
Segundo ele, essa é a “primeira vez em 15 a 20 anos que esse grande número de turistas lotou Murree, causando uma grande crise”. Além disso, ele também afirma ter ficado em choque com as “mortes trágicas” dos turistas. “Ordenamos a investigação e estabelecemos regras rígidas para garantir a prevenção de tais tragédias”, completou.
Nevasca no país
De acordo com a “Associated Press”, a nevasca no Paquistão começou na terça-feira (04) e, desde então, tem atraído milhares de turistas. Na sexta (07), o governo anunciou o fechamento das estradas que levam ao local, mas, neste sábado, as inúmeras mortes foram registradas.
Conforme as notícias, os veículos que já estavam no local ficaram presos nas estradas, fazendo com que pessoas morressem congeladas ou “envenenadas”. Esse segundo tipo de morte, explicou Faheem Yonus, chefe de doenças infecciosas da Universidade de Maryland, UCH, em uma publicação no Twitter, aconteceu porque os carros liberam monóxido de carbono. “O CO é inodoro, letal, se um carro parado for enterrado na neve, o escapamento bloqueado pode matar rapidamente os passageiros ao respirarem CO”, detalhou.
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