Todos sofreram na pele os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Atualmente, as notícias mostram que a situação vem melhorando gradativamente, fortalecida com o avanço da vacinação. No entanto, o setor de turismo do Brasil segue com forte prejuízo acumulado por causa da crise sanitária.
De acordo com cálculos realizados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as atividades turísticas do país somam um rombo de R$ 376,6 bilhões desde março do ano passado. À época, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia decretado pandemia no mundo.
De lá pra cá, o setor de turismo em todo o mundo sofreu fortes perdas. Isso aconteceu porque um dos maiores incentivos dos governos consistia em manter o distanciamento social e, se possível, a permanência em casa. O resultado foi a queda vertiginosa das receitas com voos, hospedagens e diversos outros segmentos do turismo.
“O setor de turismo está com um faturamento em torno de R$ 22 bilhões por mês, quando era para estar faturando cerca de R$ 40 bilhões num mês normal, que era o que costumava movimentar no pré-pandemia. Ainda está muito ocioso, especialmente no segmento de hotelaria“, destacou o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento.
Turismo do país só deve se recuperar em 2022 ou 2023
Vale destacar que os serviços turísticos operavam 34,7% abaixo do nível registrado em fevereiro do ano passado, antes da pandemia. “Acho que a recuperação mesmo fica para o final de 2022 e início de 2023”, afirmou Bentes, considerando os desafios que o setor ainda enfrentará.
“Estamos esperando um crescimento de 17,8% no turismo em 2021, mas no ano passado caiu 36,6%. A vacinação vai avançar, mas não tanto a ponto de voltar tudo à normalidade no fim deste ano, embora alguns governos tenham ensaiado um movimento de reativar Réveillon e Carnaval. Os serviços não conseguem repor em um ano tudo o que foi levado pela pandemia“, explicou Bentes.
Por fim, o levantamento da CNC também destacou que os prejuízos acumulados pelo setor ficaram concentrados em dois estados brasileiros. A saber, São Paulo respondeu por R$ 152,1 bilhões em prejuízos, enquanto o Rio de Janeiro acumulou perda de R$ 45,9 bilhões desde o início da pandemia.
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