O Banco Central planeja expandir o uso do Pix nos próximos anos, tornando-o um método de pagamento universal.
Assim, isso inclui possibilitar seu uso em locais sem internet, em pedágios nas estradas e até em transporte público, como ônibus e metrô.
Veja quais são as novidades planejadas para o Pix a seguir!
Novas possibilidades para o Pix
As informações constam no “Relatório de Gestão do Pix” divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (4). O relatório não só apresenta dados sobre as transações nos primeiros dois anos do Pix (2020-2022), mas também discute o futuro do sistema.
Dessa forma, uma das ideias para o futuro é permitir que o Pix seja usado mesmo quando o pagador não tem conexão com a internet, o que seria útil, por exemplo, para pagar pedágios em estradas, estacionamentos e no transporte público. Além disso, o BC destaca que a chegada da tecnologia 5G no Brasil abrirá oportunidades para desenvolver soluções de alta qualidade para o mercado de pagamentos.
Ademais, outra possibilidade é explorar formas alternativas de iniciar pagamentos com o Pix, como tecnologias de aproximação (como NFC, RFID, Bluetooth, biometria, entre outras). Isso poderia tornar muitos negócios viáveis de forma instantânea, simples, segura e econômica, especialmente onde a conectividade é limitada.
Resumindo, o Banco Central está pensando em tornar este meio de pagamentos ainda mais versátil, acessível e rápido, explorando novas tecnologias e oportunidades no mercado de pagamentos.
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Pix Crédito
O relatório também indica que o Banco Central vai possibilitar o uso de garantias relacionadas às transações de pagamento com o Pix. Assim, isso permitirá que o sistema seja usado para fazer pagamentos parcelados.
Desse modo, isso ajudará a reduzir o risco de inadimplência para quem recebe o pagamento, caso o pagador não cumpra com os parcelamentos.
O Banco Central menciona que está acompanhando as soluções oferecidas por instituições privadas que já permitem o parcelamento usando o Pix.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já mencionou que o crédito através do Pix será uma realidade. Assim, isso significa que as pessoas poderão fazer transações de crédito diretamente pelo método de pagamentos, eliminando a necessidade de um cartão de crédito.
Atualmente, existem modelos que vinculam a concessão de crédito pessoal à transação Pix e outros que permitem que o pagamento de uma transação Pix seja incluído na fatura do cartão de crédito. O Banco Central está observando como esse mercado evolui e como as pessoas estão usando essas soluções. No futuro, se considerar necessário, o Banco Central pode criar um produto único ou estabelecer regras mínimas que as instituições devem seguir.
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Transações internacionais
O Banco Central enfatizou que o Pix poderá ser conectado a sistemas de pagamentos instantâneos em outros países, permitindo realizar transações internacionais. Dessa forma, isso incluirá enviar dinheiro para o exterior, pagar empresas estrangeiras e comprar produtos e serviços de fora do Brasil.
Por fim, Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro, destacou que a expansão do Pix para o cenário internacional é uma prioridade importante para o Banco Central.
“Na América do Sul e em outras partes do mundo, há várias iniciativas de sistemas de pagamento instantâneo, como o FedNow nos Estados Unidos e o Nexus na Europa e Ásia. Estamos monitorando todas essas evoluções para determinar onde é mais sensato investir nossos recursos limitados. O Banco Central tem como prioridade principal o desenvolvimento eficiente do Pix internacional”, explicou o executivo.
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