A próxima quinta-feira (23) será marcada por um encontro entre o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e representantes de redes sociais para debater disseminação de informações falsas.
De acordo com o tribunal, a reunião terá como pauta as medidas para que seja possível efetuar o bloqueio de repasses financeiros de redes sociais para canais que disseminam notícias falsas, as famosas fake news.
Ainda conforme o órgão, participarão do evento representantes das seguintes redes sociais:
- YouTube;
- Twitch.TV;
- Twitter;
- Instagram;
- E Facebook.
O encontro acontece porque, assim como publicou o Brasil123, Luis Felipe Salomão decretou, no mês passado, o bloqueio de repasses financeiros das redes sociais para alguns canais.
Esses veículos em questão são seguidores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e são acusados de estarem disseminando notícias falsas pelas redes sociais, colocando em risco a democracia brasileira.
Após a decisão, as plataformas precisam agora alinhar com o TSE os efeitos do bloqueio e também para onde o dinheiro retido será encaminhado, visto que a quantia não poderá ser depositada na conta dos donos dos canais.
Bloqueio do TSE foi pedido da PF
De acordo com o ministro corregedor do TSE, a decisão de decretar o bloqueio veio após um pedido da Polícia Federal (PF), que tem investigado a organização e o financiamento de ataques ao sistema eleitoral.
Segundo a PF, uma suposta rede criminosa desenvolveu uma engenharia que transformou, em negócio, a divulgação das notícias falsas sobre as urnas. Conforme explica o TSE, com o bloqueio, os canais poderão ficar disponíveis normalmente, diferentemente do dinheiro que eles iriam lucrar com o “negócio”.
A ideia, revelou o tribunal, é secar a fonte de recursos financeiros desses sites, que andam lucrando com a publicação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral e, consequentemente, atentando contra a democracia do país.
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