O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início nesta segunda-feira, 22, à 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS), iniciativa com o propósito de garantir a segurança do sistema de urnas eletrônicas. Nesta fase do teste, cerca de 26 investigadores ficarão responsáveis por aplicar 29 planos de ataque diferentes contra os dispositivos utilizados no pleito eleitoral.
Essas são as mesmas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições presidenciais de 2022. Tendo em vista a relevância do acontecimento, a intenção é assegurar que o o sistema funcionará com total segurança no dia. Para isso, os testes devem identificar possíveis vulnerabilidades nos softwares e hardwares.
Qualquer problema que for detectado agora, deve passar por uma nova análise e ser devidamente corrigido para que nada atrapalhe a votação no final do próximo ano. Na oportunidade, o ministro e presidente da Corte Eleitoral, Luís Roberto Barroso, reforçou que os testes nas urnas eletrônicas estão focados na busca por falhas e aperfeiçoamentos.
“O TPS é o momento em que a sociedade colabora com a segurança das urnas para identificar formas de correção. Ele ocorre desde 2009, e traz grande contribuição”, explicou. Em complemento, o ministro apelidou os testes de “hackers do bem”, os quais são compostos por um grupo de especialistas escolhidos minuciosamente junto a seus respectivos planos de ataque devidamente aprovados pela organização do TPS 2021.
Esses “hackers do bem” são de vários lugares do país, e fazem um trabalho voluntário, não recebendo nenhuma remuneração por participar do teste. Mas as ações de preparação para as eleições de 2022 não se limitam à verificação das urnas eletrônicas, pois o TSE também iniciou um novo ciclo de audiências públicas voltadas ao debate e aprimoramento de normas que terão como objetivo o aprimoramento da disciplina no próximo pleito eleitoral.
As audiências têm acontecido exclusivamente no formato virtual em precaução aos efeitos da pandemia da Covid-19 e, devem continuar até essa terça-feira, 23. Nessas reuniões serão tratados uma série de temas voltadas ao pleito eleitoral de 2022. Entre as minutas de resoluções estão a prestação de contas, propaganda e pesquisas eleitorais, auditoria, registros de candidaturas, atos gerais e totalização de resultados e a regulamentação das Missões de Observação Eleitoral.
De acordo com o ministro e vice-presidente da Corte Eleitoral, Edson Fachin, “essas audiências objetivam a coleta de sugestões para aperfeiçoar as resoluções que disciplinarão as Eleições 2022. Dessa forma, ressalto a importância da cooperação de todos aqueles que, de forma direta ou indireta, participam do processo eleitoral”, alegou.