O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai apurar se os atos realizados no último dia 7 de setembro foram financiados. A determinação pelas diligências foi feita pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luís Felipe Salomão, que incluiu o tema nas investigações que apuram se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estaria entre os envolvidos no financiamento das manifestações.
De acordo com o corregedor, o intuito da ação é apurar se existiu o pagamento de transporte e diárias. Além disso, o órgão quer saber quem participou da organização e se existiu conteúdo de campanha eleitoral antecipada, o que é proibido por lei.
Segundo o canal de televisão “Globo News”, a inclusão dos tópicos fazem parte de um desdobramento das investigações e representa a primeira consequência registrada após os atos, que o órgão quer saber se foram espontâneos ou não.
Na decisão em que foram determinadas as novas diligências, Luís Felipe Salomão também converteu o procedimento em um inquérito, o que proporciona que a apuração englobe temas investigativos como:
- Um possível abuso de poder econômico e político;
- O uso indevido dos meios de comunicação social;
- Corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos;
- E propaganda antecipada em relação aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022.
O inquérito administrativo no TSE surgiu a partir da abertura de um procedimento que tinha como intuito proporcionar que autoridades do país pudessem apresentar evidências de que existiram fraudes no sistema eletrônico durante as eleições de 2018.
As alegações de que as urnas não são seguras vem sendo amplamente repetidas por Bolsonaro há pelo menos dois anos. Na última vez, assim como publicou o Brasil123, o chefe do Executivo foi às redes sociais e convocou todos para participarem de uma de suas lives, pois ele iria apresentar as supostas provas.
Todavia, na ocasião, além de disseminar informações falsas e desmentidas ao vivo pelo TSE, no Twitter, o presidente da república confessou que não tinha nenhuma prova de que as eleições foram ou poderiam ser fraudadas.
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