O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou que realizará testes no modelo mais recente da urna eletrônica, a UE 2020. De acordo com o órgão, em nota publicada nesta sexta-feira (15), os equipamentos serão submetidos a testes de segurança pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Isso, entre julho e agosto.
TSE confirma visitas internacionais para observar as eleições
Ainda conforme o TSE, as urnas passarão pelo mesmo processo de fiscalização dos demais modelos durante o Teste Público de Segurança (TPS), que foi concluído em maio deste ano.
O anúncio veio depois que Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, afirmou, em uma comissão do Senado, que as Forças Armadas esperam que o TSE acolha as três sugestões feitas pelos militares – uma dessas sugestões era colocar o modelo UE 2020, que hoje representa 39% do total de urnas, em testes de segurança.
Na ocasião, Paulo Sérgio Nogueira afirmou que, ao colocar os modelos em teste, “com certeza, essas discussões seriam minimizadas”. Nesta sexta, o TSE afirmou que os testes do sistema já estavam previstos em convênio firmado com a USP desde outubro de 2021.
Em outro momento, o TSE afirmou que a ideia de analisar o sistema partiu do próprio tribunal, dando a entender que o processo não vai acontecer por conta da sugestão das Forças Armadas.
“Vale lembrar que todos os modelos de urnas contam com os mesmos programas, que passam por auditorias antes, durante e depois das eleições”, afirmou o TSE, completando que o plano é realizar testes no mesmo modelo dos que foram feitos durante o Teste Público de Segurança.
Nestes testes públicos, especialistas e técnicos vão ao TSE e, por lá, simulam ataques ao sistema eleitoral e às urnas. O objetivo é tentar constatar se existe alguma vulnerabilidade no sistema que possa causar a quebra do sigilo do voto ou alterar sua destinação.
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