Informações divulgadas pela “TV Globo” nesta sexta-feira (10) revelam que uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) culminou no bloqueio de R$ 1,2 milhão de canais bolsonaristas investigados por disseminar “fake news” e promover ataques ao sistema de votação do país.
Segundo a emissora carioca, esse valor bloqueado seria repassado das redes sociais para os canais, páginas e sites bolsonaristas alvos de uma investigação por propagarem “fake news” sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral como um todo.
Hoje, toda essa verba bloqueada se encontra depositada em uma conta judicial e a expectativa é que esse dinheiro permaneça indisponível até que as investigações sobre os ataques terminem.
Quanto mais ataque, mais dinheiro
Hoje, a Justiça tenta identificar os financiadores e quem está por trás da divulgação em massa de “fake news”. Todavia, já se sabe que, quanto mais ataques eram feitos ao sistema eleitoral, mas essas pessoas conseguiam lucrar. Isso porque o valor englobava a monetização (pagamentos feitos pelas redes sociais) e também a arrecadação dos canais com propaganda.
Hoje, pelo menos 11 pessoas que apoiam o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), foram afetados pela decisão de bloquear os ganhos vindos da disseminação de notícias, segundo as investigações falsas.
O bloqueio
Esta quantia informada no começo da matéria é a acumulação que vem acontecendo desde agosto, quando o TSE atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF). A corporação fez a solicitação depois de ter identificado uma engenharia supostamente criminosa.
Segundo a entidade, os investigados transformaram a divulgação de mentiras sobre as urnas em negócio. Ainda conforme a Polícia Federal, as investigações mostraram que os canais bolsonaristas trabalham com um intuito: diminuir a fronteira entre o que é verdade e o que é mentira.
Por fim, a PF constatou que as técnicas usadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro não é invenção brasileira e sim uma cópia da estratégia de comunicação utilizada nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, atribuída a Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump.
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