Recentemente, o ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump e, os dois filhos mais velhos dele foram intimados a depor pela Procuradoria-Geral de New York. O depoimento se refere a supostas fraudes fiscais nos negócios de família, cujo processo foi movido pela procuradora-geral, Letitia James.
Contudo, o processo foi levado a conhecimento público somente nesta segunda-feira, 3, compondo uma investigação civil em trâmite. Neste sentido, as intimações foram enviadas para Donald Trump, Trump Jr. e Ivanka, relacionadas a uma “avaliação de propriedades pertencentes ou controladas”, pela Organização Trump, de acordo com informações da agência Associated Press.
Conforme apurado, a Procuradoria-Geral do Estado de New York investiga se a Organização Trump decidiu inflar indevidamente e propositalmente o valor dos bens nas demonstrações financeiras anuais. A suspeita é de que tal atitude teria sido feita no intuito de conseguir empréstimos.
A regra nos EUA é que, para haver a concessão de empréstimos, os bancos fazem uma análise minuciosa sobre o patrimônio do requerente à linha de empréstimo. Neste sentido, investigações civis como essa têm a capacidade de resultar em sanções econômicas, se forem constatadas evidências de irregularidades.
Contudo, se as investigações resultarem na descoberta de outros crimes, um inquérito criminal não é descartado. Portanto, a tentativa da procuradora-geral em obter o depoimento de Trump teve início em dezembro, embora a ação tenha sido divulgada pela primeira vez somente agora. Isso porque, os investigadores também demonstraram interesse em ouvir Ivanka e Trump Jr.
De acordo com os advogados da família Trump que, inclusive, demoraram para se pronunciar sobre o assunto, agora devem apresentar pedidos para anular as intimações, criando uma briga legal, semelhante à que ocorreu em 2020 após a procuradora intimar outro filho de Trump, Eric.
Foi então que, em dezembro de 2021, Donald Trump decidiu dar entrada em um processo contra a procuradora-geral. O objetivo era encerrar a investigação, após ela tentar agendar o depoimento dele para o dia 7 de janeiro. A ação contra o ex-presidente estadunidense foi movida perante o tribunal federal, sob a alegação de que a investigação violou os direitos constitucionais em um “esforço velado para difamar publicamente Trump e seus associados”.