Infelizmente a novidade sobre o caso é triste. Os corpos dos quatro ocupantes do helicóptero desaparecido há 12 dias em São Paulo foram encontrados junto à aeronave.
Mais cedo nesta sexta-feira (12), saiu a notícia de que a Polícia Militar (PM) encontrou os destroços em uma mata fechada no município de Paraibuna, no Vale do Paraíba. O aparelho foi localizado pelo Águia 24, da PM.
A princípio, não se tinha informações a respeito dos ocupantes da aeronave, o que só foi veiculado agora a pouco.
“Todos estão mortos”, afirmou o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da Polícia Militar de SP.
De acordo com o Coronel, a aeronave não tinha caixa preta ou algum tipo de localizador.
“Nós checamos desde o começo. Não possui nenhum tipo de localizador, caixa preta… Essa aeronave não possuía nenhum recurso para localização”, explicou.
Helicóptero desaparecido desde o final do ano
O helicóptero saiu do Campo de Marte por volta das 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino a Ilhabela, com o piloto e três passageiros.
De acordo com as informações, além do piloto estavam no helicóptero Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos; e Rafael Torres, um amigo da família que fez o convite para o passeio.
A saber, as buscas estavam sendo feitas pela Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Durante as buscas, as equipes sobrevoaram a região da Serra do Mar, entre o litoral norte e o Vale do Paraíba, principalmente sobre as cidades de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba.
Após ser encontrado pela PM, o helicóptero H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, se deslocou até o local com uma equipe especial de resgate, formada por nove pessoas com capacidade de descer de rapel para fazer investigação no local onde os destroços do helicóptero.
Localização do helicóptero
Durante coletiva de imprensa, o Coronel Oliveira explicou que a identificação do sinal de celular dos passageiros pela Polícia Civil fez com que a PM conseguisse reduzir a área de busca de 5 mil quilômetros quadrados para um raio de 12 quilômetros.
“O que possibilitou diminuir essa área foi uma análise através da inteligência da polícia civil que eles poderiam estar naquele setor da estação de rádio-base de Paraibuna do km 54”, mencionou.
O delegado Milton Clemente, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil, disse que no começo, a missão “era praticamente impossível e depois das informações ela se tornou difícil”.
“Havia uma escassez de informação, existia um georreferenciamento em relação a uma antena, mas a gente não tinha os pontos suficientes para delimitar uma área mais precisa de busca. Isso foi feito através de voos específicos onde foi delimitando o range (alcance) e aí conseguiu separar por quadrante. Foi a partir desse refino na área de busca”, explicou.
Por fim, ele destacou a importância dessas aeronaves de pequeno porte terem localizador.
“Se todas as aeronaves, inclusive os helicópteros de pequeno porte, pudessem ter um localizador, uma caixa preta, isso facilitaria muito”.
Com informações da Agência Brasil e do G1