A Defesa Civil de Maceió informou que a mina n°18, que era operada pela mineradora Braskem, se rompeu neste domingo (10). De acordo com o órgão, o rompimento aconteceu em torno das 13h15, na Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange.
Vale ressaltar que toda a região está desocupada e não há risco para a população, segundo a Defesa Civil.
Ainda mais, o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas, JHC, divulgou o momento em que a mina se rompe, provocando um redemoinho nas águas da lagoa.
Situação crítica em Maceió
Para quem não tem acompanhado o desenrolar da situação em Maceió, cabe explicar que o desastre na capital alagoana foi causado pela exploração de sal-gema em jazidas no subsolo, ao longo de décadas, pela Braskem.
A saber, o sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química.
Então, falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo. Ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis.
Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso tem mobilizado autoridades, com afundamento do solo acumulado de mais de 2 metros.
Braskem
Em nota, a Braskem informou que, por volta das 13h45, outro “movimento atípico” foi detectado na lagoa.
Em complemento, a empresa também ressaltou que a área está sendo monitorada. Após o afundamento registrado durante a tarde deste domingo (10), as autoridades locais foram comunicadas, informou a empresa.
Confina a íntegra do comunicado:
Às 13h15 deste domingo, câmeras que monitoram o entorno da cavidade 18 registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade. Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada. Movimento semelhante ocorreu por volta das 13h45. O sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas.
Nota do MDS
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, se solidarizou com a população de Alagoas e disse que os governos federal, estadual e municipal devem integrar ações para manter as medidas de cuidado com a população retirada das suas casas.
“Estava certa a medida para a retirada das pessoas. Graças a isso e a Deus não tivemos nenhuma vida humana perdida no rompimento da mina 18. Não perdemos nenhuma vida. Devemos prosseguir com as medidas para cuidar especialmente das pessoas”, afirmou.
Cerca de 60 mil moradores e comerciantes de cinco bairros em Maceió tiveram que deixar os seus imóveis.
Com informações da Agência Brasil e do MDS