A Polícia Civil revelou, nesta sexta-feira (19), que três jovens que fazem parte da quadrilha da blogueira Anna Carolina de Sousa Santos estão foragidas da Justiça desde agosto, quando o juiz Marcello Rubioli ordenou que as integrantes do grupo voltassem para a cadeia.
Assim como vem publicando o Brasil123, as jovens foram presas em julho deste ano, acusadas de estarem aplicando, no Rio de Janeiro, o golpe do “motoboy”, mas acabaram soltas no fim daquele mês.
Todavia, por conta de uma festa em que as acusadas foram gravadas zombando da Justiça, um novo mandado de prisão foi expedido. Das cinco jovens, somente duas voltaram para a cadeia: a blogueira Anna Carolina e Rayane Silva Sousa, que é quem teria organizado a confraternização.
Agora, faltam aparecer Mariana Serrano de Oliveira, de 27 anos, Yasmin Navarro, de 25, e Gabriela Silva Vieira, de 20. O trio mora em São Paulo e sua defesa protelou o pedido de prisão.
Na ocasião, a defesa das acusadas afirmou que estava esperando o resultado de um habeas corpus que tinha como objetivo relaxar a prisão delas – a solicitação, todavia, foi negada e, mesmo assim, nada das acusadas de volta para a cadeia.
Medo de voltar para a cadeia
Em nota, Norley Thomas Lauand, advogado das jovens, afirma que elas estão com medo de voltar para a cadeia. “Elas estão cientes que a condição de fuga complica a situação, e que eu não podia garantir que, se elas se entregassem, conseguiriam a liberdade em seguida. Elas estão com muito medo de retornarem à prisão”, começou.
Segundo ele, a passagem das suspeitas pela cadeia foi dolorosa. “Sobretudo por serem paulistas sem família aqui e por nunca terem participado de festa que debochou da Justiça, o motivo da nova prisão”, afirmou ele, sem revelar se elas vão ou não se entregar para a Justiça
Relembre o golpe
A blogueira Anna Carolina de Sousa Santos, de 32 anos, e suas amigas Yasmin Navarro, de 25, Mariana Serrano de Oliveira, de 27, Rayane Silva Sousa, de 28, e Gabriela Silva Vieira, de 20, foram presas em flagrante em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último dia 7 de julho.
Segundo a polícia, para aplicar a fraude, as golpistas diziam que detectaram uma fraude nas compras feitas no cartão, e que a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema. Com isso, elas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada pegar o cartão.
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias, pix e até empréstimos. No momento da prisão, informou a Polícia Civil, duas das suspeitas estavam em uma ligação com supostas vítimas em potencial. Além das mulheres, a corporação também capturou computadores, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito para a análise da investigação.
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