O setor industrial caiu 2,4% em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse resultado reflete a queda de três das quatro grandes categorias econômicas industriais, que puxaram a produção industrial pra baixo. Além disso, 15 dos 26 ramos de atividades tiveram perdas no período.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (5). O destaque negativo do mês ficou com bens de consumo duráveis (-7,8%), emendando o terceiro mês seguido de queda.
Da mesma forma, os segmentos de bens de capital também caíram em março (-6,9%), segundo mês seguido de queda. Já os bens de consumo semi e não-duráveis (-10,2%) tiveram a queda mais intensa desde abril do ano passado (-12,6%).
Por outro lado, o grupo de bens intermediários subiu 0,2% no mês, emendando a segunda alta seguida e figurando como a exceção do mês. No entanto, ainda não conseguiu eliminar a queda de 1,0% registrada em janeiro, visto que, em fevereiro, a alta também foi tímida, de 0,4%.
Ramos das atividades pesquisadas aumentam queda
De acordo com o IBGE, dentre os 26 ramos de atividades pesquisadas, a maior influência negativa veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%). A atividade emendou o terceiro mês seguido de queda e acumula no ano uma retração de 15,8%.
Além disso, as seguintes atividades também caíram no mês: confecção de artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), outros produtos químicos (-4,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%), bebidas (-3,4%) e móveis (-9,3%).
Em contrapartida, dos 11 ramos que subiram em março, os maiores destaques vieram de: indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de transporte (35,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%). Nesse caso, o primeiro e o terceiro ramos citados sobem após queda em fevereiro. Já o segundo ramo emenda o segundo avanço seguido.
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