Os dados referentes ao trabalho formal com assinatura na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) tiveram um aumento no setor privado. Foram 31 milhões de contratos novos no último trimestre, representando uma alta de 4,2% em comparação com o trimestre anterior encerrado em maio, que fechou com 6,8%.
Enquanto isso, o número de empregados sem carteira assinada que prestam serviços também para o setor privado chegou a 10,8 milhões, um crescimento de 10,1% no trimestre e de 23,3% no ano. Estas são, sem dúvidas, as maiores variações da série histórica. Estes dados foram apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Mensal, e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 27.
No levantamento é possível notar que a taxa de desocupação encerrou o trimestre móvel em agosto no patamar de 13,2%. Este índice representa uma queda de 1,4% em comparação com o trimestre encerrado em maio, ficando em 13,7 milhões de pessoas. Segundo a analista de pesquisa, Adriana Beringuy, o nível de ocupação foi recuperado aumentando para 50%, após chegar a 46,8% em agosto do ano passado. No entanto, a especialista ressalta que a base de comparação de um ano atrás era excessivamente baixa.
“Os percentuais de variações nas comparações anuais são bastante significativos, obviamente que pela recuperação em si do mercado de trabalho, que temos observado nos últimos meses, mas também a base de comparação com agosto de 2020, que foi o momento em que as condições de ocupação eram as mais baixas da série. Foi um ponto bastante deprimido da série de ocupação, com 81,7 milhões de pessoas. Agora, a gente tem 90,2 milhões de pessoas ocupadas”, declarou.
Em contrapartida, o registro de novos empregadores no mês de agosto chegou a 3,8 milhões, uma margem estável com base nas duas comparações. Já os empregados do setor público somaram 11,6 milhões de pessoas. Este número considera estatutários e militares, uma queda de 3,1%. Já os registros relacionados a trabalhadoras domésticas atingiram 5,5 milhões, um crescimento de 9,9% em comparação ao trimestre concluído em maio, além de outros 21,2% em relação a agosto de 2020.
No que compete ao cenário formado por trabalhadores informais, este reuniu 25,4 milhões de brasileiros atuando por conta própria. O número bateu um recorde da série histórica, com uma alta de 4,3% no trimestre e de 18,1% no ano. Nota-se que a taxa de informalidade foi de 41,1% perante a desocupação no trimestre, o equivalente a 37,1 milhões de trabalhadores informais no país. Se tratando do trimestre encerrado no mês de maio, a taxa foi fixada em 40%, enquanto no mesmo período de 2020 era de 38%.