Trabalhadores com dinheiro em sua conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão mais uma opção para usar a quantia disponível em seus nomes: comprar ações da Eletrobras.
A informação foi revelada nesta quarta-feira (20) e faz parte do processo de privatização da estatal. De acordo com o governo, a regra está prevista na modelagem da privatização da companhia, apresentada em evento no Palácio do Planalto.
Segundo as informações, essa modelagem ainda será analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas, caso for aprovada, permitirá que qualquer pessoa física que esteja residindo no Brasil compre as ações da empresa que serão ofertadas no processo de desestatização.
Atualmente, 60% dos papéis da Eletrobras pertencem ao governo federal. Todavia, a intenção é que essa porcentagem diminua para 45%. Nesse sentido, apesar de deixar de ter a maioria das ações, a União continuaria sendo o principal acionista.
De acordo com o governo, com a desestatização da companhia, pretende-se arrecadar cerca de R$ 100 bilhões. “A medida vai recuperar a capacidade de investimentos da empresa em geração e transmissão de energia”, defende o governo ao comentar sobre a privatização da companhia.
FGTS para comprar ações
Segundo o plano do governo, os trabalhadores interessados na compra de ações com o FGTS poderão adquirir os papéis por meio de cotas de fundos mútuos de privatização, podendo ser usados até 50% do valor da conta vinculada ao fundo de garantia.
Nesse sentido, informou o governo, o valor de entrada para cada investidor será de R$ 200, sendo que, para essa operação, o governo autorizou que até R$ 6 bilhões de todo o FGTS seja usado.
Além desta medida, o governo também estipulou que empregados e aposentados da Eletrobras e de suas subsidiárias terão prioridade para adquirir até 10% do total das ações ofertadas. Por fim, foi informado que a hidrelétrica de Itaipu e a Eletronuclear não serão incluídas na privatização.
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