O Brasil registrou 31 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado no trimestre de junho a agosto deste ano. A saber, os dados excluem os trabalhadores domésticos, cujos números também foram pesquisados.
Em resumo, esse percentual ficou 4,2% maior que o registrado no trimestre móvel anterior, o que corresponde a 1,2 milhão de pessoas a mais nessa condição no país. Vale destacar que a pandemia da Covid-19 impulsionou a queda dos números em 2020. Por isso, na comparação anual, o nível cresceu ainda mais (+6,8%), aumento de 2 milhões de pessoas.
Da mesma forma, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada também cresceu no comparativo mensal, totalizando 10,8 milhões de pessoas. A propósito, os avanços no setor informal foram ainda mais expressivos do que no setor formal.
Em relação ao trimestre de março a maio deste ano, o número cresceu 10,1% (+987 mil pessoas). Já no comparativo anual, o número disparou 23,3%, acréscimo de 2 milhões de pessoas trabalhando no país sem carteira assinada.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, o órgão divulgou as informações nesta quarta-feira (27).
Número de trabalhadores por conta própria bate recorde
Além disso, o IBGE informou que o número de trabalhadores por conta própria no país cresceu 4,3% no período em relação ao trimestre móvel anterior. Isso representa um acréscimo de 1,0 milhão de pessoas nessa condição de trabalho, totalizando 10,8 milhões de trabalhadores por conta própria no país. Esse número é recorde desde o início da série histórica do IBGE.
A taxa também avançou na comparação anual. Nesse caso, o crescimento foi bem mais expressivo, de 18,1%. Isso corresponde a 3,9 milhões de pessoas a mais trabalhando por conta própria no Brasil.
Já em relação à categoria dos trabalhadores domésticos, o número chegou a 5,5 milhões de pessoas. Essa taxa ficou 9,9% maior que a registrada no trimestre móvel anterior (+ 497 mil trabalhadores). Por sua vez, o número disparou 21,2% no comparativo anual, o que corresponde a 965 mil pessoas a mais nessa condição.
Por fim, o IBGE reportou que a taxa de desemprego no Brasil recuou no trimestre móvel encerrado em agosto na comparação com o trimestre móvel anterior.
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