O setor industrial acumulou retração de 5,5% de janeiro a novembro de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado é reflexo dos resultados negativos em todas as quatro grandes categorias econômicas. A retração também atingiu 20 dos 26 ramos de atividades, 59 dos 79 grupos e 63,1% dos 805 produtos pesquisados. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira, dia 8.
De acordo com o IBGE, a maior influência negativa sobre a indústria no acumulado de 2020 veio da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,5%). Nesse caso, a maior contribuição veio dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. Além disso, também contribuíram para o resultado negativo no período os ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-26,2%), metalurgia (-9,8%) e indústrias extrativas (-3,2%). Isso sem falar de couro, artigos para viagem e calçados (-21,5%), máquinas e equipamentos (-7,1%), outros equipamentos de transporte (-30,2%) e impressão e reprodução de gravações (-36,5%).
Veja mais detalhes sobre as categorias
Em resumo, apenas seis ramos de atividades encerraram o mês de novembro com ganhos no acumulado do ano. Aliás, os principais destaques das elevações foram produtos alimentícios (4,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%).
Lembrando das categorias econômicas, as maiores variações negativas vieram de bens de consumo duráveis (-22,0%) e bens de capital (-13,1%). Estes resultados foram alcançados, principalmente, pela redução na fabricação de automóveis (-37,4%), no caso dos bens de consumo, e pela queda em relação aos bens de capital para equipamentos de transporte (-26,2%) e para fins industriais (-8,1%).
Por fim, os setores de Bens de consumo semi e não-duráveis (-6,5%) e de Bens intermediários (-1,8%) também registraram taxas negativas em 2020. Em síntese, a primeira categoria registrou uma queda mais acentuada do que a média nacional (-5,5%). Já a segunda acumulou a perda menos intensa entre as grandes categorias econômicas.
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