Os títulos do Tesouro Direto encerraram janeiro deste ano com fortes perdas, após registrarem ganhos no mês anterior. A saber, 10 dos 11 papéis disponíveis para compra no Tesouro fecharam o mês em queda.
A única exceção em janeiro foram os títulos atrelados à Selic, que subiram em termos nominais, sem considerar a inflação. Em suma, as taxas dos títulos com vencimentos para 2024 e 2027 tiveram ganhos de 0,87% e 0,90%, respectivamente.
Vale destacar que o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros do país sete vezes no ano passado. Aliás, amanhã (1º), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reunirá para definir a alta de juros no país.
Nesse cenário, os especialistas alertam para que os investidores sejam prudentes. Com a elevação dos juros, as taxas praticadas nos títulos acabam caindo. Assim, os investidores podem pegar taxas menos atrativas com juros mais elevados.
De acordo com o Tesouro, os títulos do Tesouro Direto que tiveram as maiores perdas de rentabilidade em janeiro foram os do Tesouro IPCA+, assim como no mês anterior. Os papéis com vencimento em 2045 despencaram 11,71% no mês, queda bem mais intensa que a registrada em dezembro de 2021 (-1,32%).
Em resumo, estes títulos são atrelados à inflação e oferecem aos investidores a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país. Ao mesmo tempo, também há o acréscimo de uma taxa estabelecida no momento da compra dos títulos, que estava em 5,22% ao ano no penúltimo dia do ano.
Expectativas para o futuro
Em relação ao futuro, a expectativa não é muito positiva. Na verdade, os analistas já indicavam em dezembro do ano passado que janeiro não deveria trazer a calma vista em dezembro. E foi justamente o que aconteceu, com a maioria absoluta dos papéis fechando o mês em queda. Para os próximos meses, a cautela deve predominar.
Ainda segundo os especialistas, os títulos de longo prazo do Tesouro IPCA+ são os que oferecem maiores riscos aos investidores. Em síntese, estes papéis estão mais expostos à volatilidade, por isso que são considerados os mais arriscados. E isso acontece, porque o futuro do Brasil é algo totalmente incerto.
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