O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou por grandes apuros enquanto visitava o Polo Universitário de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, nesta segunda-feira (17). Isso porque, enquanto ele estava no local, um tiroteio foi registrado na comunidade, o que culminou na interrupção da visita do candidato ao local.
De acordo com informações do portal “G1”, Tarcísio de Freitas estava no terceiro andar do prédio cumprindo agenda de campanha. De repente, tiros foram disparados e acabaram culminando na morte de um homem com duas passagens por roubo. O candidato ao governo de São Paulo saiu do local 20 minutos depois do tiroteio, em uma van, acompanhado de seguranças.
No Twitter, ele afirmou que foi atacado e disse que um suspeito foi baleado. “Em primeiro lugar, estamos todos bem. Durante visita ao 1° Polo Universitário de Paraisópolis, fomos atacados por criminosos”, começou ele. “Nossa equipe de segurança foi reforçada rapidamente com atuação brilhante da @PMESP. Um bandido foi baleado. Estamos apurando detalhes sobre a situação”, completou ele na postagem feita em sua rede social.
Por conta do caso, Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo que está apoiando Tarcísio de Freitas, disse que determinou uma investigação imediata do caso. “Acabei de falar com Tarcísio de Freitas e ele e sua equipe estão bem. A polícia militar agiu rápido e garantiu a segurança de todos. Determinei a imediata investigação do ocorrido”, afirmou ele no Twitter.
Quem também se pronunciou sobre o caso foi Fernando Haddad (PT), que é adversário de Tarcísio de Freitas nas eleições deste ano. Na ocasião, em entrevista para jornalistas que o acompanhavam na capital paulista, o ex-prefeito de São Paulo disse que “repudia qualquer tipo de violência”.
PM diz que Tarcísio de Freitas não era o alvo
Apesar de Tarcísio de Freitas ter dito que foi vítima de um ataque, a Polícia Militar (PM) de São Paulo dá como certa que este não foi o caso. Isso porque, de acordo com uma nota divulgada pela corporação, agentes que atuam no setor de inteligência da corporação e oficiais com experiência de atuação em Paraisópolis, dizem que há duas suspeitas sobre o início do tiroteio.
A primeira é que os policiais que faziam ronda próximo ao local em que estava Tarcísio de Freitas, se depararam com criminosos armados, e o tiroteio começou. Já a segunda é que a equipe do candidato chegou à paisana antes do político e encontrou olheiros armados em motos. Nessa segunda hipótese, informou a Polícia Militar, a comitiva do candidato ao governo de São Paulo teria visto dois olheiros e avisado a corporação que, ao chegar no local, trocou tiros com os suspeitos.
De acordo com a PM, existem ruas na comunidade onde olheiros ficam prontos para acompanhar pessoas estranhas que entram no local. Em caso de suspeita, eles repassam informações para integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), principal facção criminosa do estado paulista.
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