A equipe que cuida da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja, já nas primeiras semanas do novo governo, promover uma espécie de “revogaço” de portarias e decretos implantados ao longo da gestão do atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) relacionados a pautas que são consideradas negacionistas da pandemia da Covid-19.
Emendas de relator: Faca de dois gumes para o governo Lula
Segundo informações reveladas pelo canal “CNN Brasil”, a equipe que está cuidando da transição do governo do petista está fazendo um levantamento para conseguir reunir todas as decisões. Conforme o canal, o objetivo será reverter iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde que indicam o uso de medicamentos sem comprovação científica contra a doença, como os protocolos que endossaram o uso, por exemplo, do famoso “kit covid”.
Todas essas informações estão sendo levantadas por uma equipe formada pelo ex-ministro José Gomes Temporão, que está tendo um papel relevante na saúde, sendo o relator da transição de governo na área e o responsável por preparar um relatório com o diagnóstico da pasta.
Desafios do governo Lula na saúde
Nesta semana, a equipe de transição do governo Lula divulgou um documento elencando quais são os principais desafios na saúde. Dentre eles estão a vacinação contra a Covid-19, a reestruturação do Farmácia Popular e também o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A equipe de transição do governo Lula diz que a saúde é uma das áreas consideradas prioritárias pelo governo eleito por conta dos impactos que a pandemia de Covid-19 causou no país. Nesse sentido, a expectativa é de que transição faça um diagnóstico detalhado na área e comece a planejar uma campanha intensa de vacinação depois da posse de Lula.
Segundo a “CNN Brasil”, na próxima segunda-feira (14), a equipe de Lula que cuida da saúde fará uma segunda reunião para definir quais serão os núcleos temáticos da área da saúde. Em entrevista ao canal, o senador Humberto Costa (PT) relatou que a principal preocupação do grupo é recompor o orçamento da área para o próximo ano.
“Nós temos um déficit, uma diferença entre o que deveríamos ter e o que temos da ordem de R$ 22 bilhões quando comparamos a legislação atual e a legislação que havia em 2016”, explicou Humberto Costa durante a entrevista à “CNN Brasil”.
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