O conservadorismo é a doutrina que defende a tradição, a moral e os costumes da civilização, fazendo assim com que seja confundida e vista como uma doutrina que só defende o que é retrógrado.
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O conservadorismo foi primeiramente idealizado por Edmund Burke no ano de 1795 em seu livro “Reflections on the Revolution in France”, onde ele questionava os monarcas por desrespeitarem a tradição dos antepassados, com políticas nada agregadoras. Ao que se pode ver, o conservadorismo é um movimento muito mais político e institucional do que necessariamente social.
De fato, a doutrina tem sim seus pontos sociais, mas que nada tem a ver com a interferência na vida pessoal das pessoas. Além de não ter muita relação com o que as pessoas fazem, ou deixam de fazer, a doutrina conservadora também não tem muita relação com a religião.
Com o tempo, as pessoas mais apegadas à religião foram se tornando conservadoras e criaram um outro tipo de conservadorismo que trata de uma aliança entre duas das religiões abraâmicas (judeus e cristãos), por uma sociedade mais moralista, que hoje é chamado de neoconservadorismo.
Diferenças entre o conservadorismo e o neoconservadorismo
A principal diferença, como já destacada, tem mais a ver com um contexto mais religioso e moralista de pessoas que acreditam seguir um padrão conservador “antimodernista”. Inclusive, um dos pontos que podemos destacar é que além do conservadorismo nunca ter sido religioso, nem mesmo envolver ela, essa doutrina não é contra o modernismo.
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A doutrina conservadora como já dito, tem uma preocupação muito grande com instituições, o neoconservadorismo por sua vez não questiona as instituições, mas sim as atitudes sociais. Um dos grandes problemas sociais é que uma minoria usa da ideia de conservadorismo para pregar ódio contra maiorias.