Terminou nesta sexta-feira (13) a última rodada de testes públicos promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com foco em atestar a segurança nas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de outubro. De acordo com o tribunal, especialistas em tecnologia não conseguiram alterar nenhum voto, mudar o resultado da urna ou fraudar o processo eleitoral durante os chamados “testes de confirmação”, que começaram na quarta (11).
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Na etapa realizada nesta semana, os investigadores que encontraram falhas no primeiro exame, em novembro de 2021, voltaram à sede do TSE para verificar se as vulnerabilidades apontadas anteriormente ainda estavam acessíveis.
Em novembro, investigadores, hackers, programadores, representantes de universidades e peritos da Polícia Federal (PF) estiveram no TSE e tentaram 29 tipos de ataques diferentes para burlar alguma das barreiras de proteção das urnas.
Na ocasião, nenhum chegou perto de acessar o sistema das urnas ou da apuração, mas cinco vulnerabilidades foram apontadas. Apesar disso, o TSE informou que corrigiu as falhas e chamou os especialistas para uma nova tentativa de acesso.
De acordo com Sandro Nunes Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE, nesta sexta, nenhum dos investigadores conseguiu alterar um único voto ou interferir na apuração. “O balanço que eu faço é positivo. Os planos de ataques que foram bem sucedidos em novembro tiveram melhorias implementadas pelo TSE que foram satisfatórias”, disse o membro da Corte.
“Foram resolvidos os problemas encontrados pelos investigadores na primeira fase. Nos 29 planos [de ataques], nenhum deles conseguiu alterar nenhum voto sequer ou mexer na totalização dos votos registrados ou totalizados pelo TSE”, completou Sandro Nunes Vieira.
Além de anunciar a resolução das vulnerabilidades, o TSE também anunciou que irá recomendar que os mesários das eleições de outubro façam uma inspeção de rotina nas cabines de votação a fim de garantir a integralidade das urnas.
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