A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou na última segunda-feira (29) suas novas projeções para a dívida pública do país em 2021. A saber, a instituição estima que a dívida bruta do governo federal (DBGG) termine o ano em 80,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Esse número representa um recuo firme na comparação com o ano passado. Em resumo, a dívida pública estava em 88,8% do PIB no final do ano passado (valor revisado). Já em setembro deste ano, o percentual caiu para 83%, indicando a melhora dos indicadores nacionais.
“A DBGG deve fechar 2021 com uma queda superior a 8 pontos percentuais do PIB em relação a 2020, o que mostra reversão importante do aumento registrado no ano anterior em decorrência da queda de arrecadação e das medidas fiscais de enfrentamento à pandemia da covid-19”, disse o Tesouro.
De acordo com a entidade, a “rápida reversão dos efeitos da pandemia sobre a trajetória da dívida pública assenta-se na recuperação do PIB, no aumento das receitas”.
“Essa trajetória [de queda da dívida pública nos próximos anos] explica-se primordialmente pelo efeito do crescimento do PIB nominal, seguido pelos superávits primários a partir de 2024”, acrescentou o Tesouro.
Vale destacar que a entidade também divulgou suas projeções para 2030. Nesse caso, a dívida bruta deve encerrar o ano em 76,6% do PIB, seguindo a trajetória descendente.
Veja mais detalhes das projeções do Tesouro
Além disso, o Tesouro Nacional também informou que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) deve encerrar o ano em 58,3% do PIB brasileiro. A saber, os dados fazem parte do Relatório de Projeções da Dívida Pública.
Em 2020, a dívida líquida ficou em 62,7% do PIB. “Esse indicador, no entanto, pressionado pelo diferencial entre a taxa de juros e a taxa de crescimento do PIB, deve crescer ao longo dos próximos anos, encerrando 2030 em 68,2% do PIB”, explicou o Tesouro.
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