Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, revelou na quinta-feira (27) que a instituição vai lançar um título do Tesouro Direto que é voltado à educação. De acordo com ele, que informou que a modalidade deverá estar disponível no mês de julho, o foco será estimular as famílias na formação de uma poupança para financiar o estudo dos filhos na universidade, seja para o pagamento da mensalidade de uma instituição privada, seja para custeio de outras despesas durante o curso superior.
Lula sanciona o reajuste dos servidores nesta sexta-feira
Conforme o Tesouro Direto, o programa permite que as pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, com investimentos a partir de R$ 30. Em janeiro deste ano, o Tesouro Nacional lançou um título que é a aposentadoria chamado RendA+ para quem deseja complementar a aposentadoria e receber um benefício mensal extra.
Em nota, o Tesouro Direto relatou que o objetivo é lançar outro título de finalidade específica e que o intuito do RendA+ é complementar à aposentadoria. “Esse novo papel será voltado à educação para incentivar que as famílias comecem a poupar para a graduação dos filhos desde o nascimento das crianças”, informou.
“Quando o filho nasce, você pode começar esse processo de investimento. Tesouro Direto você pode investir com R$ 30. Então ele é bastante acessível, mesmo para as classes de menor renda”, disse Rogério Ceron em entrevista coletiva.
Ainda de acordo com ele, o Tesouro estuda outras funcionalidades para o título, que devem ser disponibilizadas no segundo semestre. Conforme ele, essas novidades serão:
- Gift card (cartão presente): o ‘gift card’ é um cartão pré-pago com créditos que podem ser utilizados em determinada plataforma ou serviço. Seria então uma espécie de vale-presente destinado à poupança da criança;
- Investimento colaborativo: na linha do ‘gift card’, seria a possibilidade de outro familiar, como tio, avô, etc, fazer aportes automáticos na mesma poupança para contribuir com o financiamento da educação superior de determinada criança da família;
- Investimento pelas empresas: a utilização desse produto como um benefício para os empregados, nos moldes da previdência complementar. Por exemplo, o funcionário investiria R$ 50,00 na poupança do filho e a empresa depositaria na mesma conta outros R$ 50,00.
De acordo com o secretário, nessa última novidade, além de a empresa apoiar o investimento em educação para o filho do colaborador, a medida pode gerar maior engajamento entre os funcionários. “O Tesouro Nacional também estuda a possibilidade de utilizar os recursos investidos em títulos do Tesouro Direto como garantia em financiamentos e como caução em aluguéis de residências”, disse.
Por fim, Rogério Ceron, a medida pode baratear o acesso ao crédito. “Você dá mais segurança para a instituição financeira. Com isso, você consegue taxas de juros menores no financiamento”, diz ele, que informa ainda que, no caso do aluguel, a sugestão é utilizar o investimento como garantia em substituição ao depósito caução. Muitas vezes o inquilino precisa depositar o valor correspondente a três meses de aluguel.
Leia também: Lula diz ter convicção sobre envolvimento de Bolsonaro em atos golpistas