13 anos. Essa foi idade que um garoto, considerado o “terrorista mais jovem da Inglaterra“, foi condenado. A decisão, publicada na última sexta-feira (05) aconteceu porque o britânico era o líder de uma célula neonazista, que era realizada na casa de sua avó.
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De acordo com a rede de televisão “BBC”, o garoto, que não teve identidade divulgada por razões legais, admitiu ser responsável por um total de 12 crimes — dois de divulgação de documentos terroristas e 10 de posse de material terrorista.
Além disso, a rede de televisão revelou que a sentença do jovem, emitida pelo juíz Mark Dennis, será cumprir uma ordem de reabilitação de 24 meses. O magistrado disse que o menino adentrou um mundo online de preconceito perverso” e que qualquer reincidência levaria a uma “espiral de penas cada vez maiores de encarceramento”.
Para chegar na condenação, o tribunal ouviu que o garoto e também coletou materiais de ódio e intolerância publicados entre outubro de 2018 e julho de 2019. Além disso, as investigações encontraram instruções para a fabricação de bombas, manuais de como fazer coquetéis molotov, rifles AK47 e como realizar combates com facas.
A função do jovem
Líder do grupo neonazista FKD (Feuerkrieg Division) desde 2019, o jovem era responsável por recrutar membros e fazer propaganda do grupo. Um dos seus cinco recrutas foi um adolescente chamado Paul Dunleavy, condenado no mesmo ano por crimes de terrorismo.
Uma matéria publicada pelo portal “Cornwall Live”, em julho de 2019, mostra que, naquela data, a polícia invadiu a casa do recrutador de 13 anos, após denúncias de que ele estava tentando construir uma arma.
À época, o garoto tinha encomendado um pôster que trazia uma imagem de uma explosão de bomba atômica sobre o parlamento inglês com o slogan “esterilize a fossa que você chama de Londres”.