Infelizmente o número não para de aumentar. A saber, são ao menos 65 mortos, mais de 300 feridos e acima de 33 mil pessoas abrigadas em centros de evacuação devido ao terremoto de magnitude 7,6, que atingiu o Japão no Ano Novo.
Além disso, o cenário não está totalmente estável, uma vez que houve ainda um tremor de magnitude 5 na manhã desta quarta-feira (3).
Inclusive, infelizmente, as autoridades agora falam da expectativa de que outro tremor de nível 7 atinja a área na próxima semana.
Vítimas do terremoto no Japão
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, usou as redes sociais para alertar quanto aos esforços de socorro.
“O resgate de vítimas de desastres é uma corrida contra o tempo. Com uma política de colocar as vidas humanas em primeiro lugar, continuaremos a prestar apoio em cooperação com os governos locais”, escreveu.
Chuva na área mais atingida por terremoto
Cabe mencionar que a área mais afetada é a província de Ishikawa, com grandes danos às cidades de Wajima, Suzu e Nanao.
Nesses locais, os prédios colapsaram e há pessoas embaixo dos escombros. Nesta quarta (3), são 130 pedidos de socorro para pessoas embaixo dos prédios.
Com um cenário desolador, várias centenas de edifícios foram devastados pelo fogo e casas destruídas em diversas cidades, incluindo Wajima e Suzu.
Imagens de satélite antes e depois divulgadas na quarta-feira (3), deram uma ideia da escala da destruição.
Aliás, a operação ganhou urgência extra porque a Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu um alerta de chuva forte na área. Mais de 2 mil bombeiros e 700 policiais foram deslocados em todo o país para atender as emergências.
Dificuldades
Na televisão estatal japonesa, uma imagem mostrava um pedido de ajuda: um SOS formado com objetos grandes na cidade de Suzu. Centenas de rodovias próximas ao epicentro do terremoto estão destruídas e bloqueadas, o que impede a chegada de ajuda.
O primeiro-ministro afirmou que há cerca de mil socorristas com dificuldades para chegar aos locais próximos ao epicentro.
Destruição no Japão
Por fim, o prefeito de Suzu, Masuhiro Izumiya, informou que “cerca de 90% das casas foram totalmente ou quase totalmente destruídas. A situação é verdadeiramente catastrófica”, resumiu.
Uma mulher que está em um abrigo na localidade de Shika disse à TV Asahi que não conseguiu dormir por causa das réplicas:
“Fiquei com medo, porque não sabemos quando será o próximo terremoto”, mencionou.
A saber, quase 34 mil casas permaneciam sem luz na região de Ishikawa, segundo a empresa de energia local, enquanto várias cidades estavam sem abastecimento de água.
Os trens-bala e as rodovias voltaram a funcionar, depois que milhares de pessoas ficaram bloqueadas, algumas delas por até 24 horas.