Os auxiliares do presidente comemoraram a pesquisa Ipec sobre a aprovação do governo Lula, pois viram nela um avanço do petista sobre o eleitorado bolsonarista de 2022. O governo também ficou satisfeito com os números apresentados. Nesse sentido, interpretando-os como uma consolidação da popularidade de Lula entre a população de baixa renda, algo considerado crucial para a vitória do presidente nas eleições do ano passado.
Conforme a pesquisa Ipec, uma parte significativa dos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno do ano passado agora considera o governo Lula como regular (33%), ótimo ou bom (8%). Porém, o governo acredita que os eventos golpistas de 8 de janeiro tiveram um grande impacto e fizeram com que os eleitores de Bolsonaro mudassem de uma visão negativa do governo Lula para uma avaliação regular.
Contudo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirma que o objetivo do Planalto é solidificar a aprovação do presidente e do governo nos segmentos que escolheram Lula no ano passado, especialmente entre a população de baixa renda, além de conquistar o público que rejeitou o projeto do atual presidente e agora aprova suas políticas e programas.
Popularidade de Lula apresenta ligeira queda, mas mantém aprovação estável
Nesta sexta-feira (9), a pesquisa Ipec divulgou que 37% dos brasileiros consideram a terceira gestão do presidente Lula (PT) como ótima ou boa. Assim, aqueles que a classificam como regular representam 37%, enquanto os que a avaliam como ruim ou péssima totalizam 28%. Então, aqueles que não sabem ou não responderam correspondem a 3%.
Bem como, comparado à pesquisa anterior divulgada em 11 de abril, a avaliação positiva de Lula diminuiu dois pontos percentuais, passando de 39% para 37%. Por outro lado, a reprovação aumentou dois pontos, de 26% para 28%. Porém, no primeiro levantamento divulgado em 19 de março, a avaliação positiva de Lula era de 41%, enquanto a reprovação era de 24%. Naquela época, 30% consideravam a gestão como regular.
Além disso, o governo está trabalhando para expandir o programa Minha Casa, Minha Vida para abranger os segmentos de renda entre 3 e 5 salários mínimos e, posteriormente, de 5 a 8 salários mínimos. Com isso, o governo busca aumentar a aprovação por meio da ampliação da isenção na tabela do imposto de renda ou mediante um programa de subsídios para carros, caminhões e ônibus.
Programa Minha Casa, Minha Vida
Na quarta-feira (7), a Câmara dos Deputados deu aprovação à medida provisória do Minha Casa Minha Vida. Agora, o texto será encaminhado ao Senado e precisa ser votado até a noite do dia 14 para não perder sua validade.
Dessa forma, as medidas provisórias adquirem força de lei a partir de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU), mas necessitam ser aprovadas em um prazo de até 120 dias para não expirarem.
O texto aprovado pelos deputados foi o relatório elaborado pelo deputado Fernando Marangoni (União-SP), que é oposição ao governo Lula. Portanto, a proposta contempla reformas de imóveis ociosos em grandes cidades, o reajuste no valor de obras já iniciadas e incentivos à construção de unidades habitacionais próximas a grandes centros urbanos.
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