Michel Temer (MDB), ex-presidente da República, desistiu de manifestar oficialmente seu apoio ao atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial, marcado para acontecer no próximo dia 30 de outubro, último domingo do mês.
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Em nota publicada nesta quinta-feira (06), Michel Temer escreveu que irá aplaudir a candidatura que “defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
Apesar de não citar nominalmente nenhum candidato, a nota de Michel Temer dá a entender que o ex-presidente apoia Bolsonaro, visto que ele cita a manutenção de reformas realizadas durante o seu governo – assim como já publicou o Brasil123, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já defendeu a revogação do teto de gastos e a suspensão de trechos da reforma trabalhista.
Temer e a pressão vinda de sua família
De acordo com informações do portal “G1”, Michel Temer foi pressionado por familiares a não declarar oficialmente seu apoio a Bolsonaro. Segundo o site, as filhas do ex-presidente ficaram insatisfeitas com encontro dele com o presidente no final de semana. Uma das filhas de Michel Temer, Luciana Temer, por exemplo, tem posições públicas contrárias a Bolsonaro – ela já foi, inclusive, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a administração de Fernando Haddad (PT).
Em um primeiro momento, Michel Temer pretendia se reaproximar do Partido dos Trabalhadores (PT). Todavia, isso mudou depois que Lula, durante o debate da “TV Globo”, afirmou que o ex-presidente era “golpista”.
Michel Temer foi vice-presidente de Dilma Rousseff (PT), mas acabou assumindo o Palácio do Planalto depois que a petista sofreu o impeachment em 2016. Neste ano, durante entrevista no programa Roda Viva, da “TV Cultura”, ele afirmou nunca ter apoiado o “golpe” como dizem os apoiadores de Dilma.
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