Após os recentes conflitos com a justiça, o aplicativo de mensagens Telegram anunciou sete medidas de combate à fake news no Brasil. O aplicativo, que teve a suspensão de suas atividades solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, teria sido de fato suspenso na segunda-feira (21).
Dessa forma, o Telegrama poderá se manter operacional após atender às demandas solicitadas pelas autoridades brasileiras. De acordo com Pavel Durov, criador do Telegram, todo o conflito gerado estava relacionado a “problemas com e-mail”, o que dificultou a comunicação entre a empresa e a Justiça local.
Entre as exigências existentes do STF, uma delas se referia à nomeação de um representante legal do Telegram no país. Com isso, Alan Campos Elias Thomas foi escolhido pela empresa e, segundo o Telegram, Alan possui “experiência em direito e tecnologia”, bem como acesso direto á alta administração, o que garante a “capacidade de responder às solicitações urgentes do Tribunal e de outros órgãos relevantes no Brasil em tempo hábil”, segundo comunicado da empresa.
Além disso, o STF havia exigido que fosse definido um plano de combate à fake news de forma imediata e obrigatória. Abaixo seguem as sete medidas que irão ser adotadas pelo Telegram.
Monitoramento dos 100 canais mais populares
A primeira das sete medidas anunciadas pelo Telegram para o combate às fake news e desinformação é a realização de um monitoramento dos 100 canais mais populares do país, que, atualmente, são responsáveis por 95% de todas as visualizações de mensagens públicas do app no Brasil.
De olho na mídia
Além de monitorar os canais mais populares, a plataforma também fará um acompanhamento diário das principais mídias brasileiras. O objetivo é que o aplicativo de mensagem esteja atento ao que é falado sobre ele em veículos jornalísticos, bem como redes sociais, para identificar discussões públicas em relação à moderação de conteúdo.
Denúncia de mensagens com informação falsa
Um outro ponto é que, a partir de agora, os usuários do Telegram poderão marcar mensagens como “potencial contendo informações imprecisas”. Contudo, isso não tira a mensagem de circulação, mas passará a exibir um alerta visível para os usuários que lerem o envio, mesmo que sejam encaminhadas para outros grupos. Com isso, será possível adicionar links para as fontes corretas de informação.
Restrições para autores de desinformações.
Para aqueles que forem banidos por realizar a propagação de fake news na plataforma Telegram, existirão também restrições em postagens públicas. A medida foi implementada no aplicativo ainda neste final de semana, sendo aplicada a diversos autores de canais que foram identificados pelas autoridades brasileiras, como alguns que estão ligados ao blogueiro Allan dos Santos.
Termos de Serviço atualizados
Dessa forma, para que as novas medidas sejam de fato documentadas, o Telegram lançou um novo Contrato de Termos de Serviço, contendo as revisões. Sendo assim, o documento estará disponível para os usuários na próxima atualização do aplicativo, que deve ser distribuída nas próximas duas semanas.
Moderação de conteúdo revisada
A plataforma também realizou uma revisão preliminar das “leis aplicáveis no Brasil” como forma de ajuda no refinamento de estratégias de moderação de conteúdo. Tal análise teve como base as estratégias utilizadas por outras empresas, como a Meta e Twitter, formando, assim, um “plano potencial para ações futuras”.
7.Informações verificadas em destaque
Para realizar um combate mais direto à desinformação, o Telegram conta, a partir de agora, com alguns mecanismos de promoção de informações verificadas, principalmente aquelas que tenham relação ao salvamento de vidas e melhoria na saúde pública.