Acontece na próxima quarta-feira (20) o julgamento final sobre a privatização da Eletrobras. O ato, comandado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), será a segunda e última parte da análise do processo que visa à venda das ações da empresa. Hoje, o governo espera o sinal verde do TCU para, finalmente, privatizar a empresa. Isso, até o dia 13 de maio.
Caso o fato seja aprovado no tribunal, o governo irá ofertar novas ações da Eletrobras na bolsa de valores e, com isso, deixará de ser a acionista controladora da estatal, sendo que, após o fim do processo, a companhia será privada, isto é, sem um controlador definido.
Em fevereiro deste ano, o TCU aprovou a primeira etapa da análise. Na ocasião, ministros do tribunal analisaram o bônus de outorga que a Eletrobras privatizada deverá pagar à União pela renovação dos contratos das 22 usinas hidrelétricas da hoje estatal.
Agora, a análise terá como foco o modelo de venda proposto pela União, o que inclui o valor das ações que serão ofertadas na Bolsa de Valores brasileira. De acordo com uma publicação do portal “G1”, a área técnica propôs mudanças em detalhes do modo sugerido.
Isso porque especialistas querem que o governo determine um novo cálculo referente ao preço mínimo por ação que será ofertada ao mercado. Ainda conforme o portal, caso essa proposta seja de fato acatada, o preço mínimo das ações será elevado, mas, isso, sem que seja comprometido o cronograma da privatização.
Caso o julgamento no tribunal inviabilize a privatização da Eletrobras para maio deste ano, o ato deverá acontecer em agosto, após a divulgação do resultado financeiro do primeiro trimestre de 2022 da Eletrobras. Segundo as informações, a privatização somente no oitavo mês do ano não seria “ideal”, pois aconteceria muito perto das eleições deste ano, marcadas para o mês de outubro.
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