Um relatório realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que começou seu terceiro mandato no último domingo (02), terá em seu governo ao menos 8.674 obras inacabadas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A informação foi revelada nesta quinta-feira (05) pelo canal “CNN Brasil”, que relatou que a Casa Civil da Presidência da República, nos próximos dias, deve disponibilizar tanto aos prefeitos quanto aos governadores, uma ferramenta que tem como objetivo a atualização desses dados referentes aos projetos realizados com dinheiro da União.
Conforme o levantamento do TCU, nos últimos dois anos, o percentual de obras não concluídas no país com recursos federais subiu de 29% para 38,5%, sendo que, ao todo, esses projetos que já receberam R$ 27,2 bilhões em repasses.
Ainda segundo o relatório do TCU, que mostra que os estados com mais obras paradas são Maranhão, Bahia e Pará, a educação é a área com mais obras paralisadas. Ao todo, são 3.993 em todo o Brasil. Em seguida vem:
- Projetos menores que envolvem setores como mobilidade e saúde, com 1.966 obras casos;
- Obras de infraestrutura paradas, com 569;
- Projetos de fomentação do turismo, com 449;
- E obras destinadas a práticas esportivas, com 380.
Antes do relatório do TCU, a equipe de Lula que cuidava da transição de governo havia apontando que as obras paradas seriam uma das heranças deixadas pela administração de Bolsonaro.
Durante uma entrevista, por exemplo, Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República, afirmou que o número poderia ser ainda maior do que o que vinha sendo apurado caso fosse levado em consideração o uso de recursos de estatais, agências e universidades.
No documento final feito pela equipe de Lula, citou-se a necessidade de que a gestão do petista adotasse medidas para que fosse possível retomar as obras paralisadas, estando ciente de que será preciso promover uma adequação sobre as previsões orçamentárias levando em consideração a capacidade de investimento no setor.
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