O Tribunal de Contas da União (TCU) precisou a adiar uma sessão de julgamentos convocada para terça-feira (01). O motivo: uma punição aplicada pelo YouTube ao canal oficial do órgão. Por conta dessa pena, o tribunal não conseguiu abrir a transmissão ao vivo da Primeira Câmara e, por isso, terá de remarcar a sessão.
Esse cancelamento foi informado na rede social pelo vice-presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, que ainda lembrou que, por conta da pandemia da Covid-19, as sessões do órgão estão sendo feitas no formato semipresencial e transmitidas ao vivo pela internet.
“Hoje o YouTube suspendeu a conta do TCU em sua plataforma, episódio grave, súbito e ainda sem explicação. Por imperativo constitucional, os julgamentos devem ser públicos e, na modalidade virtual, deve haver transmissão em tempo real”, escreveu Bruno Dantas no post.
De acordo com o ministro, a ação do YouTube trouxe “prejuízo para a sociedade” e que providências estão sendo estudadas. “Dado o ineditismo do ocorrido, os jurisdicionados e advogados que acompanhariam os julgamentos não dispunham de outra plataforma”, começou.
“Isso ocasionou o cancelamento das sessões de hoje das duas Câmaras do TCU, com prejuízo para a sociedade. Providências estão sendo estudadas”, informou o ministro Bruno Dantas.
Youtube revelou o porquê da punição
Em nota, o YouTube revelou que, de fato, o TCU sofreu uma punição e ficou impossibilitado de realizar transmissões ao vivo pela plataforma. De acordo com a empresa, essa punição aconteceu por conta do uso de “conteúdos de terceiros” – a companhia não detalhou quais foram esses materiais utilizados.
“O canal do Tribunal de Contas da União recebeu um alerta em 7 de maio de 2021 e um aviso (ou strike) em 27 de janeiro por exibir conteúdo de terceiros em transmissões ao vivo nas duas ocasiões. Com um aviso vigente, o canal fica impedido de utilizar alguns recursos do YouTube, entre eles fazer transmissões ao vivo. Estamos em contato com a equipe do TCU para dar todo o suporte necessário”, informou o YouTube.
Também em um comunicação, o TCU informou que “está providenciando, junto ao YouTube, a correção de problemas técnicos que impedem que o TCU administre seu canal oficial na plataforma”. “Até que a situação se normalize, as próximas sessões poderão ser acompanhadas pelos links divulgados no Portal TCU. Os vídeos anteriores continuam disponíveis para acesso no canal oficial”, publicou o órgão.
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