De onde vai sair o dinheiro para se pagar os auxílios para a população? Essa é a pergunta de ouro neste momento no Brasil. Mas um estudo da Universidade de São Paulo (USP) afirma que encontrou a resposta: taxar os mais ricos do Brasil.
De acordo com o estudo, se o Brasil taxasse os mais ricos e usasse o dinheiro em programas de transferência de renda, a economia melhoraria. Além disso, o país acabaria reduzindo a desigualdade social em um nível que nunca se viu por aqui.
Mas a taxação não valeria para todos os ricos do país. A pesquisa se baseou em um processo de taxação de fortunas do 1% mais rico do país. Não é 1% da população brasileira. É 1% dos mais ricos do país. O que significa dizer que apenas um em cada dez ricos entrariam na conta.
O estudo criou um cenário onde o Brasil usaria o dinheiro dessa taxação para pagar um auxílio de R$125 por mês para os 30% mais pobres. Mais uma vez: não é 30% da população, mas 30% da população mais pobre. Isso daria portanto muito menos gente.
O resultado dessa conta é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceria 2,4%. Isso porque os mais pobres iriam conseguir consumir mais e fazer a economia girar com mais eficiência. O resultado do estudo deve passar por uma publicação ainda nesta segunda-feira (15).
Taxação de ricos
O auxílio emergencial é o grande assunto do momento no país. É que dezenas de milhares de pessoas estão sem nenhum tipo de renda desde o final do ano passado. Boa parte delas não está podendo trabalhar por causa dos fechamentos das atividades em vários estados.
A taxação de ricos é um tema que volta e meia reaparece no debate nacional. Críticos da ideia afirmam que essa prática acabaria afastando o investimento estrangeiro internacional do Brasil neste momento de tentativa de retomada econômica.