Quais são as consequências do aumento de juros da taxa Selic para essa semana? O intuito do COPOM e do Banco Central é que a taxa saia de 2,75% para 3,5%. Somente dessa forma poderia controlar a inflação e diminuir os preços do dólar.
Ao aumentar as taxas, os rendimentos da poupança e renda fixa aumentam como forma de incentivo para guardar dinheiro. Contudo, apesar dos aspectos positivos, há o lado negativo para alguns setores: empresas ou pessoas físicas que precisam de empréstimos ou financiamento, terão que pagar maiores taxas de juros.
“Mesmo que os gastos adicionais sejam relativamente pequenos para o tamanho da economia, isso poderia causar alguns aumentos muito modestos nas taxas de juros”, disse a ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos que também pretende aumentar as taxas para valorizar o dólar. O mesmo serve para o Brasil.
Ao conseguir controlar a inflação e valorizar o real, o dólar diminui de valor. A taxa Selic já foi acima de 12% durante o governo de Lula e o Partido dos Trabalhadores e isso mantinha o dólar com o preço abaixo. Com o passar dos anos, a taxa Selic foi passando por quedas constantes.
Terceira reunião sobre SELIC
Essa já é a terceira reunião realizada pela COPOM. Com o possível aumento das taxas de juros dos EUA e a estagnação do real e dos juros no Brasil, pode haver uma nova onda de desvalorização.
O BC prevê que até o ano de 2021 a taxa Selic deve estar em 5,5% para que haja maior controle da inflação. De agosto de 2020 a março deste ano, a Selic estava em 2% ao ano, no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
O setor de entregas e transportadores já afirmou que muitos salários estão atrasados e se sentiram prejudicados com o aumento, mas que, ao mesmo tempo, sabem a importância destas mudanças para a economia brasileira. Em suma, a COPOM realiza reuniões a cada 15 dias. Com a taxa a 5,5%, a meta de inflação é de estar em 3,3%.