Os brasileiros estão com menos esperanças de conseguir quitar suas dívidas. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a MFM Tecnologia, 17% dos inadimplentes achavam ou tinham certeza que não conseguiriam quitar as contas em 2022.
Esse percentual é mais que o triplo da taxa registrada em 2021, quando 5% dos inadimplentes estavam sem esperanças de quitar suas dívidas. Em resumo, isso mostra o crescimento do pessimismo entre as pessoas que tinha dívidas no país.
Por falar nisso, o diretor de pesquisas do Instituto Locomotiva, João Paulo de Resende Cunha, citou dois principais fatores que elevaram a taxa daqueles que não têm esperança de limpar o nome. O primeiro ponto foi o avanço do endividamento, cuja taxa cresceu de maneira expressiva em 2022, bem como a inadimplência.
Já o segundo fator se refere às pessoas estarem menos animadas que no ano passado. Em suma, havia uma grande expectativa de melhora da situação financeira no final do ano passado, principalmente por causa da proximidade do fim da pandemia da covid-19.
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Inflação e juros elevados aumentam pessimismo
Embora as expectativas fossem bastante positivas, a pandemia não chegou ao fim no Brasil e nem no mundo. Diversos países ainda enfrentam novas ondas de contaminação, apesar dos números elevados de pessoas vacinadas. E esse cenário também se tornou realidade no Brasil.
Além disso, os brasileiros também sofreram em 2022 inflação e juros elevados. Apesar dos recuos registrados nos últimos meses, a taxa inflacionária continua alta no país. E os juros também avançaram no decorrer deste ano, alcançando o maior patamar em seis anos.
“Identificamos neste ano uma certa frustração. A pandemia ficou para trás, mas a vida financeira não melhorou da maneira que as pessoas imaginavam que melhoraria”, explicou Cunha.
Todo esse cenário reduz as esperanças de muitos brasileiros que possuem dívidas no país. E as projeções para 2023 são ainda menos positivas.
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