A taxa de desocupação no Brasil encerrou o último trimestre de 2020 em 13,9%. Este valor representa um recuo de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre do anterior (14,6%). No entanto, corresponde a uma disparada de 3,0 p.p. em relação ao mesmo período de 2019 (11,0%). E esse recuo foi puxado por cinco Unidades da Federação (UFs), cujas taxas recuaram no período.
Pelo menos é o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A saber, o IBGE divulgou as informações nesta quarta-feira (10). As outras 22 UFs mantiveram estabilidade em suas taxas de outubro a dezembro do ano passado.
Em resumo, a taxa média anual de desocupação aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020. Aliás, este é o maior nível já registrado pela série, cujo início ocorreu em 2012. Nesse sentido, a população desocupada ficou em 13,9 milhões de pessoas, mantendo-se estável em relação ao trimestre móvel anterior (14,1 milhões). Já na comparação com o ano anterior, houve uma disparada de 19,7%, o que equivale a 2,3 milhões de pessoas a mais nessa condição. Assim, a média anual de desocupados subiu 6,7% (840 mil pessoas a mais) e chegou ao maior patamar já registrado (13,4 milhões).
Veja detalhes por UFs
A UFs que teve a retração mais intensa em sua taxa de desocupação foi Roraima, cujo desemprego caiu de 18,5% para 14,3%, um recuo de 4,2%. Em seguida, vieram Maranhão (16,9% para 14,4%) e Rio Grande do Sul (10,3% para 8,4%), com quedas de 2,4% e 2,0%, respectivamente. Completando esta seleta lista, ficaram Santa Catarina (6,6% para 5,3%) e Minas Gerais (13,3% para 12,2%), o que corresponde aos respectivos recuos de 1,3% e 1,1%.
Por outro lado, as maiores taxas de desocupação ficaram com Alagoas e Bahia (20,0% em ambos), Rio de Janeiro (19,4%) e Pernambuco (19,0%).
Entenda a PNAD Contínua
De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. Em suma, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012.