O desemprego no Brasil segue caindo a cada trimestre, mas as taxas continuam elevadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 13,5 milhões de desempregados no país no terceiro trimestre de 2021.
Embora o valor seja expressivo, corresponde a uma queda de 9,3% na comparação com o trimestre anterior, quando havia 14,9 milhões de desempregados. Em valores percentuais, a taxa passou de 14,2% no segundo trimestre para 1,6% no terceiro. E isso ocorreu devido ao recuo registrado em 20 das 27 Unidades da Federação (UF).
A saber, apenas duas UFs tiveram taxas de desocupação superiores as do segundo trimestre: Amapá (16,2% para 17,5%) e Distrito Federal (14,3% para 14,5%). Contudo, o IBGE considera tais variações como estabilidade.
As outras cinco UFs que também se mantiveram estáveis no comparativo trimestral foram: Santa Catarina (5,8% para 5,3%), Rio Grande do Sul (8,9% para 8,4%), Paraíba (15,4% para 14,5%), Rio Grande do Norte (16,3% para 14,7%) e Bahia (20,2% para 18,7%).
Por sua vez, todas as outras 20 UFs tiveram queda em suas taxas. Os maiores recuos vieram de: Tocantins (15,8% para 10,8%), Piauí (15,3% para 11,9%), Roraima (14,0% para 10,6%), Ceará (15,1% para 12,4%), Mato Grosso (9,1% para 6,6%) e Pernambuco (21,8% para 19,3%).
Em resumo, as taxas mais elevadas de desocupação do país ficaram com: Pernambuco (19,3%), Bahia (18,7%), Amapá (17,5%), Alagoas (17,1%) e Sergipe (17,0%). Por outro lado, as menores taxas foram de: Santa Catarina (5,3%), Mato Grosso (6,6%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (7,8%) e Paraná (8,0%).
Rendimento médio real cai em três UFs
Segundo a PNAD Contínua, o rendimento médio real mensal habitual caiu em três UFs na comparação trimestral: Rio de Janeiro (-11,9%), Amazonas (-6,3%) e Paraná (-5,1%). Nas demais, houve estabilidade. Já em relação ao terceiro trimestre de 2020o rendimento caiu em 12 das 27 UFs. Os destaques do período foram: Roraima (-18,6%), Paraíba (-18%) e Amazonas (-17,2%).
A saber, os maiores rendimentos do país foram os do Distrito Federal (R$ 4.094), São Paulo (R$ 3.054) e Rio de Janeiro (R$ 2.888). Já os menores rendimentos vieram do Maranhão (R$ 1.511), Piauí (R$ 1.591) e Bahia (R$ 1.583). Aliás, o rendimento médio do país ficou em R$ 2.459, contra R$ 2.562 no segundo trimestre.
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